Foto: Folha/Uol
Bolsonaro com Rodrigo Maia: fim do namoro
O presidente Jair Bolsonaro blefou em rede nacional de tv, através de"entrevista coletiva", para tentar iludir professores e policiais. Ele dizia defender mudanças que favorecessem às duas categorias na reforma da Previdência.
Era mesmo tudo blefe. Só pra manter a aparência de que estava defendendo o que prometera na campanha. Puro populismo, porque, por trás, estava tudo combinado com quem poderia mudar (pra pior) a vida dos trabalhadores, enquanto se beneficia os ricos, banqueiros, exploradores e sonegadores.
Tanto isso verdade que os partidos de direita, liderados pelo PSL, partido de Bolsonaro, fizeram o que Jair e o ministro da economia, Paulo Guedes, mandaram, ou seja, votar contra regras amenas para aposentadorias de professores e policiais.
No fim das contas, tanto professores quanto policiais acabaram sendo prejudicados no texto aprovado nesta quinta-feira (04), na Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara.
Pelo que foi aprovado até agora é bom muita gente já ir se preparando para trabalhar e contribuir por mais tempo para ter pelo menos a esperança que um dia vai poder se aposentar.
O que foi votado garantiu que, depois de rejeitar dois destaques que previam regras mais vantajosas para policiais, a Comissão da Reforma derrubou outra proposta de alteração ao parecer do relator Samuel Moreira Samuel (PSDB-SP) referente aos professores.
O destaque apresentado pelo PSD previa que a categoria ficasse de fora da reforma, mantendo as regras atuais. A proposta foi rejeitada por 30 votos a 18.
Pelas regras atuais, professores do setor privado não têm idade mínima para se aposentar e podem requerer o benefício com 25 anos de tempo de contribuição, se mulher, ou 30 anos, se homem.
Já no setor público, a exigência é de idade mínima de 50 anos para mulheres e 55 para homens, também cumprindo os mesmos tempos de contribuição.
O relatório de Moreira propôs idade mínima de aposentadoria de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens, com 25 anos de contribuição para ambos os gêneros. Isso foi mantido.
Os deputados governistas votaram contra os destaques em favor dos professores e policiais. A oposição votou a favor.
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Luiz Brandão
Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.