A linguagem corporal é o maior cartão de visita do ser humano, afinal, o corpo fala. Em primeiro lugar é para este conjunto de gestos combinados ou não que as pessoas dirigem suas atenções. Em segundo, se atentam para a voz e em terceiro, não menos importante, para o conteúdo. O que você tem a dizer sobre as suas mensagens corporais? Será que você transmite o que você deseja? Você tem ideia do impacto da sua comunicação transmitida nas suas relações interpessoais? Será que a linguagem corporal pode transmitir toxidade?
Quantas pessoas ficam incomodadas com a forma pela qual as outras pessoas se comunicam? Você nunca percebeu algo do tipo? Vamos lá: Você se sente uma pessoa radiante ou radioativa? Uma pessoa contagiante ou contagiosa em suas relações? No ambiente empresarial estas são algumas das diversas variáveis que devemos concentrar as nossas atenções com muito critério ou seremos julgados sumariamente pelos nossos pares.
As empresas são constituídas de pessoas com emoções, histórias, valores individuais e crenças diversas. Sendo assim, como gerenciar harmonicamente tantos cenários dentro de um expediente produtivo operacional que não pode parar? Esses são ambientes regulados por gestão orientada para objetivos, planejamentos rigorosos e metas ousadas, dessa forma, as empresas são detentoras de dinâmicas próprias. Contudo, elas podem ter níveis distintos de competitividade: humanizadas ou desrespeitosas. Uma pacificada, outra tóxica.
São ambiente dotados de lideranças que fertilizam diversos tipos de hostilidades entre os seus liderados. Dessa forma, é notável que as relações tóxicas prejudicam a vida de qualquer funcionário, pois geram impactos na saúde emocional e física. O corpo envia diversos sinais que podem se dar de forma interna ou externa, o que permite visibilidade por parte de quem observe. Sendo assim, em ambientes tóxicos, a linguagem corporal mais presente é a que traduz medo, tensão, instabilidade emocional e desconfiança.
Você já trabalhou com líderes tóxicos? Você consegue enxergar a relação entre a sua saúde emocional e concentração para gerar resultados? Como você chegava em seu lar depois do trabalho? Você consegue enxergar sinais involuntários de nervosismo perante os seus familiares e amigos? Será que a empresa já não está lhe adoecendo?
Qual é o modelo de gestão dos seus líderes? Como você descreve a linguagem corporal dos seus líderes? Quais são os discursos mais presentes na boca dessas líderes? A empresa que você trabalha hoje tem a psicosfera de um coliseu romano onde os gladiadores estão para os funcionários e os leões para os resultados?
REFLETIR É O MÍNIMO – Muita atenção para os tipos de conversas que se tem no ambiente de trabalho a respeito uns dos outros. Os tipos de expressões utilizadas pelas lideranças que podem ser replicadas pelos demais da equipe, evite apelidos, todo ser humano tem um nome de registro. Evite o hábito de gerar adjetivos que substituem os nomes de seus colegas em reuniões internas. A empresa não permite espaço para intimidades.
E por falar em intimidades, atenção às mulheres, o tema é linguagem corporal e toxidades, ALGUNS ALERTAS: Cuidado com toques sutis em seus ombros, suas mãos, mãos aparentemente distraídas na sua perna, beijos nas mãos, elogios gratuitos, são todos gestos que traduzem assédios. A vítima de assédio no ambiente de trabalho é lançada em cenários de tortura psicológica das mais profundas. Para além disso, esta vítima irá criar profunda memória traumática que impactará diretamente na sua dignidade humana. Estas memórias trarão desdobramentos críticos para as suas relações. Senhores gestores, atenção às condutas dos seus líderes e se você for um, recomponha-se, respeite-a!
* Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião para 13 países em 4 continentes, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises.
Fonte: Uemerson Florêncio