Saúde

SÍNDROME

Síndrome de May-Thurner pode causar complicações graves, alerta médico

Variação anatômica pode levar a complicações graves nas veias das pernas

Da Redação

Quarta - 22/05/2024 às 08:42



Foto: Reprodução Médico
Médico

A Síndrome de May-Thurner, também conhecida como Síndrome de Cockett, é uma condição causada por uma variação anatômica específica. Essa variação facilita que uma veia do abdômen comprima outra sobre a coluna, resultando na obstrução da veia da perna esquerda. Os sintomas mais comuns incluem edema nos membros inferiores, especialmente no lado esquerdo, vermelhidão ou manchas na pele e o desenvolvimento de varizes na região.

Segundo a SBAVC, as complicações mais graves podem ser uma trombose venosa profunda (TVP), em que coágulos sanguíneos se formam nas veias profundas das pernas e aumentam o risco de embolia pulmonar, uma circunstância potencialmente fatal, em que um coágulo viaja para os pulmões e bloqueia uma artéria. Tanto o sexo feminino quanto o masculino podem ser afetados em diversas faixas etárias, porém é mais comum em mulheres entre 20 e 50 anos. A estrutura anatômica da pelve feminina, aliada à influência dos fatores hormonais, faz aumentar a probabilidade. Entre 20% e 40% dos casos de trombose na veia ilíaca externa estão associados à doença.

As complicações mais graves associadas à Síndrome de May-Thurner incluem a trombose venosa profunda (TVP). Nesse caso, coágulos sanguíneos se formam nas veias profundas das pernas, aumentando o risco de embolia pulmonar. A embolia pulmonar é uma condição potencialmente fatal em que um coágulo viaja para os pulmões e bloqueia uma artéria. Essa síndrome pode afetar tanto homens quanto mulheres em diversas faixas etárias, mas é mais comum em mulheres entre 20 e 50 anos. A estrutura anatômica da pelve feminina, combinada com fatores hormonais, contribui para essa maior probabilidade. Entre 20% e 40% dos casos de trombose na veia ilíaca externa estão associados à Síndrome de May-Thurner.

O cirurgião vascular Michel Nasser, vice-diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBAVC), alerta que a falta de cuidados adequados pode resultar em danos permanentes nas veias. A Síndrome Pós-flebítica, identificada pelo aparecimento de úlceras nas pernas após alguns anos do episódio de trombose, impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. 

“É importante investigar porque a maioria dos casos é assintomática. O médico tem que estar bem ligado. Normalmente, o paciente vai ter varizes mais acentuadas no membro inferior esquerdo, isso já é uma dica. Ele deve ter sempre em mente que deve investigar principalmente mulheres jovens. Normalmente, o médico só investiga quando a paciente teve uma trombose na inferior esquerda. Aí ele vai verificar as tromboses na região ilíaca com a femoral e identificar que poderia ter evitado uma trombose”, disse Nasser.

O médico explicou que pelo fato de varizes serem uma doença muito prevalente na população, atingindo índice entre 40% e 60%, muitas pessoas têm e não reclamam do desconforto e nem mesmo desconfiam que têm. “E só uma pequena porcentagem dos que têm a doença serão afetados por trombose venosa. Se a pessoa tem mais dor, mais sensibilidade, mais varizes, mais inchaço na perna esquerda, é preciso investigar. É preciso fazer exame de ultrassonografia na safena e depois na ilíaca femoral. Se necessário, é bom fazer também uma tomografia”, alertou.

A prevenção da doença é feita com medidas simples, como manter exercícios regulares, fundamentais para melhorar a circulação sanguínea, e fortalecer os músculos das pernas, reduzindo o risco de o sangue parar na veia. Manter um peso saudável e evitar ficar sentado ou em pé por longos períodos, também são recomendações importantes.

As opções de tratamento disponíveis para a Síndrome de May-Thurner incluem o uso de anticoagulantes para prevenir a formação de coágulos sanguíneos, a angioplastia com implante de stent em vaso ilíaco para dilatar o vaso comprimido e manter o fluxo sanguíneo, além de cirurgias tradicionais que envolvem a abertura da cavidade abdominal e a colocação de uma derivação ou ponte para criar novo caminho de modo que o sangue evite a compressão.

Nasser explicou ainda que a cirurgia endovascular mudou o tratamento da Síndrome de May-Thurner, por ser uma técnica minimamente invasiva e com recuperação rápida, mas nem todos os casos requerem tratamento cirúrgico. “Normalmente, nos casos cirúrgicos a alta do paciente ocorre no dia seguinte ao procedimento e é muito mais rápida do que cirurgias convencionais abertas. A maioria dos pacientes tem boa qualidade de vida no pós-operatório”,acrescentou.

Fonte: Agência Brasil

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