Recentemente, o jornalista Evaristo Costa, de 48 anos, revelou que perdeu 22 quilos em apenas três semanas devido à doença de Crohn, uma condição crônica que afeta o trato gastrointestinal. Em entrevista ao podcast PodCringe, ele compartilhou sua experiência difícil, mencionando os efeitos severos da doença, como a rápida perda de peso.
"Eu cheguei a 99 quilos, mas isso era porque estava tomando corticoide, que incha demais. Os médicos concluíram que os corticoides não funcionavam para mim [...] aí cortaram o remédio. Eu perdi 22 quilos em três semanas", contou. Ele ainda expressou seu sofrimento: "Eu me sinto definhando. É assim que me defino para o médico".
A doença de Crohn é uma condição inflamatória crônica que pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, sendo mais comum no intestino delgado e no cólon. Embora a causa exata ainda seja desconhecida, acredita-se que fatores genéticos, ambientais e imunológicos estejam envolvidos. O sistema imunológico ataca partes saudáveis do intestino, resultando em inflamação constante. A doença é mais frequentemente diagnosticada em pessoas entre 20 e 30 anos, especialmente aquelas com histórico familiar.
Os sintomas da doença podem incluir diarreia crônica, dor abdominal, perda de peso, fadiga, febre e, em alguns casos, sangramento retal. Além disso, a doença pode causar complicações fora do sistema digestivo, como artrite, aftas e problemas oculares. Em casos mais graves, podem ocorrer fístulas, que são canais anormais entre partes do intestino ou entre o intestino e outras áreas do corpo.
O diagnóstico é desafiador, pois os sintomas podem ser confundidos com outras condições. Para confirmar a doença, os médicos utilizam uma combinação de exames laboratoriais, exames de imagem e procedimentos endoscópicos como a colonoscopia. O tratamento visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir complicações. Embora não haja cura definitiva, tratamentos adequados podem permitir que muitos pacientes levem uma vida normal. As opções incluem medicamentos anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores e, em casos graves, terapias biológicas ou cirurgia.
Mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e redução do estresse, são fundamentais. O controle do tabagismo também é crucial, pois fumar pode agravar a doença. A experiência de Evaristo Costa destaca a importância de reconhecer os sintomas e buscar orientação médica precocemente, garantindo um diagnóstico e tratamento eficazes.
Fonte: Brasil 247