
O Ministério da Saúde vai reforçar a rede pública de saúde do Piauí com a chegada de 27 médicos especialistas selecionados pelo programa Agora Tem Especialistas. A iniciativa, que visa suprir a falta de profissionais em todo o país, destina especialistas para 212 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, com prioridade para regiões com menor cobertura médica.
O atendimento dos 27 especialistas no Piauí está previsto para começar a partir de setembro, reforçando a assistência médica no estado e beneficiando diretamente milhares de pacientes.
Os especialistas atuarão em áreas como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia, reforçando o atendimento principalmente no interior do estado, o que reduzirá a necessidade de deslocamento para grandes centros urbanos.
Em todo o país, o Ministério da Saúde selecionou 501 médicos pelo programa. No Nordeste, historicamente com déficit de especialistas, serão distribuídos 260 profissionais. O destaque fica para o Ceará, que receberá 64 médicos, seguido pela Bahia (48) e Maranhão (43). Pernambuco terá 17, Paraíba 14, Alagoas 10 e Sergipe 5.
Do total de médicos selecionados, 67% vão reforçar o atendimento no interior do Brasil em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. Considerando as regiões remotas do país, 25,7% atuarão em áreas classificadas como de alta ou muito alta vulnerabilidade; 20% na região da Amazônia Legal; e 9% em áreas de fronteira.
O programa, inédito na seleção de médicos que já possuem especialização, contará com profissionais com média de 12 anos de experiência, distribuídos em hospitais, policlínicas, centros de apoio diagnóstico e outras unidades do SUS.
“Precisamos de iniciativas ousadas como o Mais Médicos Especialistas, que vai garantir, pela primeira vez, a atuação de profissionais especialistas no SUS e reduzir o tempo de espera da população por atendimento. Com esse reforço, estados e municípios, que já tinham um grande investimento no serviço, terão suprida a necessidade de especialistas, ampliando o acesso e fortalecendo a rede pública de saúde”, comentou o ministro Alexandre Padilha, em coletiva que anunciou o resultado da seleção.
Do total de selecionados, 75% serão destinados a hospitais públicos para a realização de cirurgias, internações e tratamentos, como radioterapia e quimioterapia. Outros 18% serão alocados em ambulatórios, onde farão consultas e exames, como endoscopia, ecocardiograma, colonoscopia, colposcopia e ultrassonografia. Os demais profissionais atuarão em unidades de apoio diagnóstico e terapêutico.
Fonte: Ministério da Saúde