
Bebês prematuros e de baixo peso nascidos na Maternidade Municipal Professor Wall Ferraz, bairro Dirceu, são atendidos com o Método Canguru, que consiste em uma ação humanizada de deixar o bebê prematuro em contato pele a pele e sob os cuidados dos pais, mas com acompanhamento médico.
Para disseminar informações sobre esse método acontece nesta segunda-feira, 5, a quarta-feira, 7, nos turnos manhã e tarde, na maternidade, uma sensibilização coordenada pela pediatra Fernandina Fonseca, com a participação de fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos em enfermagem, porteiros, pessoal da limpeza e de outro setores da maternidade.
“ Queremos envolver toda a equipe nessa atividade para que todos compreendam a importância e cada um colabore com a prática do método que só contribui com a saúde dos bebês”, diz a diretora da Maternidade Mércia Cassandra.
Cerca de 10% dos partos realizados na maternidade são de bebês prematuros de mães com idades extremas ou muito jovens ou com idade avançada. A adolescente Teresa de Sousa teve um bebê com menos de sete meses de gestação e com 786 gramas. Ela aprendeu com profissionais da maternidade a utilizar o método canguru para melhor desenvolvimento do bebê que também necessitou de internação na UTI neonatal. “Me disseram como fazer para estar com o bebê pertinho de mim, fazer carinho e estimular ele a ter bom desenvolvimento”, relata.
A pediatra Fernandina Fonseca realiza reuniões com as mães que tiveram bebês prematuros para orientar quanto aos benefícios do método canguru e do aleitamento materno. Esse serviço foi avaliado satisfatoriamente pela Rede Brasileira de Pesquisa em Neonatologia – RBPN, que junto com outras ações como incentivo ao aleitamento materno deu ao hospital o título de Amigo da Criança.
O elevado número de bebês prematuros de baixo peso constitui um importante problema de saúde e representa um alto percentual na morbimortalidade neonatal. Além disso, tem graves consequências médicas e sociais.
São benefícios do Método Canguru além de reduzir o tempo de separação entre mãe e recém‑nascido, favorecer o vínculo; permitir um controle térmico adequado; contribuir para a redução do risco de infecção hospitalar; reduzir o estresse e a dor do recém-nascido; aumentar as taxas de aleitamento materno; melhorar a qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e psico-afetivo do recém- nascido.
Fonte: Portal PMT