O metapneumovírus humano (hMPV) foi descoberto pela primeira vez na Holanda em 2001 e, nas últimas semanas, tem causado um aumento de infecções respiratórias na China. Esse vírus é um dos responsáveis pela infecção do trato respiratório superior, conhecida como resfriado comum. Normalmente, as pessoas ficam apenas levemente doentes, mas em crianças e idosos, a infecção pode se tornar mais grave.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o hMPV pertence à mesma família do vírus sincicial respiratório (VSR), que causa problemas como a bronquiolite em bebês e crianças pequenas. Ambos os vírus são transmitidos por gotículas respiratórias, ou seja, podem ser espalhados pelo ar quando uma pessoa doente tosse, espirra ou respira perto de outras.
Na última semana, o Ministério da Saúde do Brasil afirmou que está monitorando o surto de hMPV na China. Apesar de não haver um alerta internacional da OMS, as autoridades brasileiras estão em contato contínuo com a OMS e outros países, incluindo a China, para acompanhar a situação e compartilhar informações.
Principais informações sobre o metapneumovírus humano
O que é o hMPV?
O metapneumovírus humano é um vírus que causa sintomas semelhantes aos de um resfriado e, na maioria das vezes, não deixa as pessoas muito doentes. Contudo, pode afetar gravemente alguns pacientes. Ele faz parte da família dos vírus Pneumoviridae, com o VSR, e foi identificado pela primeira vez em 2001. Esse vírus circula globalmente e pode ser encontrado em qualquer lugar.
Como o vírus se transmite?
Embora ainda haja pouca informação sobre como o hMPV se espalha em todas as regiões, sabe-se que, em lugares de clima temperado, o vírus tende a ser mais comum no inverno e na primavera, junto de outros vírus respiratórios como a gripe e o VSR. No entanto, o hMPV também circula ao longo do ano em outras partes do mundo.
Quais são os sintomas mais comuns?
As pessoas infectadas pelo hMPV geralmente apresentam sintomas de resfriado ou gripe, como tosse, febre, dor de garganta, nariz entupido ou escorrendo, dores no corpo e dor de cabeça. Em alguns casos, o vírus pode levar a problemas mais graves, como pneumonia, bronquiolite e bronquite, que podem causar dificuldade para respirar, dor no peito, fadiga extrema, febre persistente e até desidratação. A OMS recomenda que, se alguém tiver sintomas graves, procure atendimento médico imediatamente.
Quem tem maior risco de complicações graves?
Embora qualquer pessoa possa ser infectada, bebês, crianças pequenas, idosos e pessoas com problemas de saúde, como doenças respiratórias (asma, DPOC) ou imunossupressão, correm mais risco de desenvolver formas mais severas da doença.
Quais as formas de prevenção e há vacina contra o hMPV?
A prevenção do hMPV é similar a de outras doenças respiratórias. Algumas medidas importantes incluem:
- Usar máscaras em lugares fechados ou com muita gente.
- Ventilar bem os ambientes, abrindo janelas ou usando ventiladores.
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca sem antes higienizar as mãos.
Manter um sistema imunológico saudável, com uma boa dieta, prática de exercícios e sono adequado, também ajuda a evitar infecções. Atualmente, não existe vacina contra o hMPV.
Como é feito o tratamento para o hMPV?
O tratamento geralmente se concentra em aliviar os sintomas, com o uso de remédios para controlar dor, febre, nariz entupido e tosse. O descanso e a hidratação também são fundamentais. Não há medicamentos antivirais específicos para o hMPV. Se os sintomas piorarem, é importante procurar um médico. Pessoas em grupos de risco devem procurar atendimento médico mesmo com sintomas leves.
Existe teste para diagnosticar o hMPV?
O teste mais preciso para identificar o hMPV é o exame PCR. Embora esse exame dê resultados rápidos, nem sempre é indicado, especialmente para pessoas com sintomas leves de resfriado, já que o tratamento não depende do diagnóstico e a maioria dos casos é leve.
Como diferenciar o hMPV de outras infecções respiratórias?
Distinguir entre o hMPV e outras doenças respiratórias, como COVID-19, gripe e VSR, pode ser difícil, pois os sintomas são muito semelhantes. No entanto, cada uma dessas doenças exige tratamentos diferentes, principalmente nos casos mais graves. Os médicos podem usar testes específicos para identificar o vírus causador da infecção e orientar o tratamento adequado.
Fonte: Agência Brasil
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