Saúde

Crioablação: técnica que utiliza o congelamento para tratar doenças

Arritmia cardíaca e tumores podem ser tratados com esse procedimento inovador

Da redação

Quarta - 19/01/2022 às 10:53



Foto: iStock Congelamento
Congelamento

Os avanços na área da medicina têm possibilitado tratamentos melhores e, em alguns casos, até a cura de determinadas doenças, assim como aumentam a longevidade da população. A vacina, por exemplo, tão importante nestes tempos de pandemia, é um dos avanços mais importantes de que se tem notícia, assim como o transplante de órgãos, que dá uma nova chance de vida para milhões de pessoas ao redor do mundo.

Algumas técnicas, ainda pouco conhecidas da população em geral, têm feito a diferença na vida de pacientes com doenças cardíacas. A chamada crioablação é um procedimento minimamente invasivo em que cateteres são introduzidos na veia que leva ao coração, e são usados para congelar o tecido cardíaco que ocasiona o batimento cardíaco irregular, restabelecendo então o ritmo normal.

De acordo com estudos do New England Journal of Medicine, renomado periódico inglês na área da medicina, a técnica da crioablação é uma das mais eficazes contra a arritmia cardíaca. O procedimento pode durar até 4 minutos, destruindo todas as células cardíacas responsáveis pela arritmia. Quando o tratamento é feito precocemente, as chances de cura são maiores.

A técnica foi incorporada pela Agência de Saúde Suplementar (ANS), e está pendente de aprovação pela Comissão Nacional de Tecnologias no SUS (Conitec), a fim de ser utilizada no sistema público de saúde.

Da mesma forma, a crioablação também funciona muito bem para tratar tumores. Chamada de crioablação guiada por imagem, a técnica consiste na introdução de um tipo de agulha até o ponto central do tumor, onde é realizado o congelamento das células tumorais. A temperatura pode chegar até a -140°C. O procedimento tem apresentado resultados excelentes, principalmente em pequenos tumores renais. 

No Brasil, a técnica vem sendo utilizada desde 2007. O tratamento dura de 3 a 4 horas, e, por ser minimamente invasivo, isto é, sem a necessidade de cortes nos pacientes, eles podem ser liberados já no outro dia. Além dos tumores renais, o procedimento também é realizado em pacientes com tumores nos pulmões e nos ossos.

Os avanços na medicina são essenciais para a sociedade, permitindo melhor qualidade de vida e longevidade. Desde os trabalhos acadêmicos e experimentos realizados na faculdade de medicina até o trabalho de cientistas em laboratório são importantes para a criação de tratamentos cada vez mais eficazes.

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