Saúde

Aumenta o número de casos de Disfunções da Articulação Temporo Mandibular na pandemia

De acordo com a Drª. Carine a DTM causa sofrimento a milhões de pessoas, diminuindo consideravelmente a qualidade de vida.

Redação

Sábado, 01/08/2020 às 12:41



Foto: Divulgação Disfunções da Articulação Temporo Mandibular
Disfunções da Articulação Temporo Mandibular

Se você costuma sentir o maxilar estalando ou a mandíbula travando, saiba que não é incomum. E, se esse quadro se repete com frequência e ainda com dores, é preciso ficar em alerta, pois pode ser que se trate de DTM, sigla para Disfunção da Articulação TemporoMandibular, que acomete os músculos da face, região da cabeça, ouvidos e a cervical.
Para esclarecer mais sobre esse transtorno, convidamos a DRª. Carine Borges, cirurgiã dentista, especialista em prótese dental, reabilitação oral e dor orofacial do Hospital São Marcos, para falar sobre essa disfunção que tem aumentado muito, durante o período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a Drª. Carine a DTM causa sofrimento a milhões de pessoas, diminuindo consideravelmente a qualidade de vida. “Um dos sintomas mais comuns das DTMS são dificuldade ou estalido ao abrir a boca e sentir dores de cabeça mais de duas vezes por semana”, informa. “Muitos pacientes sentem esses sintomas e não sabem que podem ser causados pelas DTMS”, completa.
A especialista acrescenta que o estresse gerado durante a pandemia da Covid-19, aumentou os números de casos da doença. “Sabemos que esse tempo de pandemia gera muita ansiedade e faz com que alguns desses sintomas venham à tona, e causem distúrbios no sono também, outro problema ligado as dores orofaciais”.
Antigamente, acreditava-se que tudo era causado pela posição dos dentes; hoje, os estudos mostram que o papel da má oclusão dentária na causa de DTM é pequeno.
CAUSAS
Não existe uma causa específica. Existem fatores que podem desencadear, perpetuar e contribuir para que a dor e disfunção se apresente. Alguns destes fatores são: trauma, estresse emocional, apertamento constante dos dentes, hábitos como mascar chicletes, roer unhas, etc, e até predisposição genética para dores crônicas, dentre outros.
TRATAMENTO
Os tratamentos de escolha nos dias atuais apresentam excelentes resultados, como autocuidados, medicação, placa de mordida, fisioterapia, etc. “Em uma pequena porcentagem de casos onde há alterações específicas nas ATMs, a cirurgia pode ser indicada. Entretanto é importante lembrar que é fundamental um correto diagnóstico já que a maioria das DTMs apresentam envolvimento muscular com indicação de tratamentos conservadores”.

Fonte: Claudia Bezerra

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