Um projeto para produção de 600 mil mudas nativas da Caatinga, com vistas ao reflorestamento, será umas das ações empreendidas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para preservação do bioma no Piauí. A ação também beneficiará cerca de três mil apicultores das regiões de Picos, São Raimundo Nonato, Simplício Mendes, Floriano, Piracuruca, Campo Maior, no Piauí, e de Crateús, no Ceará.
Em parceria com a Federação das Entidades Apícolas do Piauí (Feapi), as mudas produzidas serão do tipo “melíferas”, isto é, que produzem néctar e pólen, substâncias utilizadas pelas abelhas para a produção de mel. Esse tipo de vegetação também suporta altas temperaturas e demanda pouca água para sobrevivência. Entre as espécies, destacam-se angico de bezerro, marmeleiro, cipó uva, cajueiro, angico e jurema.
O projeto prevê ainda a mobilização de famílias de apicultores por meio de atividades de educação ambiental para sensibilização quanto à necessidade de conservação da Caatinga, a capacitação de produtores em gestão e manejo ambiental, o cadastramento e levantamento de áreas de potencial apícola polos produtivos no Piauí, entre outras ações.
Desde 2004, a Codevasf incentiva e apoia a produção de mel em regiões do semiárido piauiense e cearense, onde há predominância do bioma. O apoio ocorre por meio de construção e reforma de casas de mel, fornecimento de equipamentos e instrumentos utilizados para a extração, captação e fragmentação do mel e, ainda, da distribuição de vestimentas adequadas e de outros materiais necessários para o desenvolvimento da apicultura. As ações contribuíram para que o estado do Piauí tenha se tornado o maior produtor de mel do país em 2016.
“A Caatinga, por ser um bioma que abrange boa parte do semiárido, tem sido o foco de muitos trabalhos desenvolvidos pela Codevasf, e as principais ações são na questão do abastecimento de água, perfuração e instalação de poços tubulares, da construção e recuperação de barreiros, já pensando na manutenção e na dessedentação dos animais tanto os silvestres e os domésticos”, destaca o diretor da Área de Revitalização da Codevasf, Inaldo Guerra.
O gerente de revitalização da 7ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Teresina, Ocelo Rocha, explica que a Companhia tem dado especial atenção à Caatinga em razão de o bioma abranger praticamente toda a área de atuação da empresa. “Nossa preocupação na região é principalmente focada em manter as populações que ali residem e esclarecer que elas também devem preservar as áreas de Caatinga”, completa o gerente.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente