
Ao se defender das acusações de que teria ligações com líderes do PCC, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), publicou um vídeo em suas redes sociais, na tarde desta segunda-feira (1º), afirmando que é vítima de ataques do Partido dos Trabalhadores (PT) e que vai processar os jornalistas que publicaram a denúncia no portal ICL Notícias. “O PT ligou a máquina de ataques contra mim. Mas as mentiras da milícia digital da esquerda não me sustentam", disse o senador.
Na publicação, Nogueira mostra oficio de resposta do Senado Federal que nega a entrada de Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, no gabinete do senador. "Primo" e "Beto Louco", são apontados como líderes de um esquema bilionário com a a produção e venda de combustíveis comandado pelo PCC.
“As provas estão aí e comprovam que nunca recebi essas pessoas”, disse o senador e completou: “se Lula e Sidônio acham que vão me intimidar com esse tipo de baixaria, estão muito enganados”.
Além do pedido de acesso aos registros de entrada no Senado, Nogueira já havia enviado um ofício ao Ministério da Justiça, comandado por Ricardo Lewandowski, negando categoricamente as acusações e colocando à disposição dos investigadores seus sigilos telefônico e de gabinete. Ele também exigiu “rigorosa e urgente apuração” para esclarecer o caso.
Ação rápida da defesa de Ciro
Na manhã desta segunda-feira (o senador Ciro Nogueira moveu-se rapidamente para tentar conter o impacto das acusações. Ele formalizou ao Senado pedindo a recuperação de todos os registros de visitas ao seu gabinete parlamentar. O objetivo é utilizar esses dados como peça central em sua defesa contra alegações de que teria recebido propina de integrantes da facção.
A reação do parlamentar foi imediata após a publicação da reportagem pelo portal ICL Notícias, no domingo (31 de agosto), com base em declarações anônimas de uma testemunha à Polícia Federal. De acordo com a matéria, Ciro Nogueira teria recebido uma sacola com dinheiro vivo de Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, ambos apontados como líderes de um esquema bilionário de combustíveis comandado pelo PCC. O suposto encontro teria ocorrido em seu gabinete, ainda em 2024.
Ciro se mostrou indignado com essa acusação absurda. "Não recebi propina, não tenho qualquer relação com facções criminosas e estou tomando todas as medidas para provar a minha inocência", afirmou o senador".
Além do pedido de acesso aos registros de entrada no Senado, Nogueira já havia enviado um ofício ao Ministério da Justiça, comandado por Ricardo Lewandowski, negando categoricamente as acusações e colocando à disposição dos investigadores seus sigilos telefônico e de gabinete. Ele também exigiu “rigorosa e urgente apuração” para esclarecer o caso.
A estratégia de defesa evidencia o tom de urgência adotado pelo parlamentar, que integra o chamado Centrão e é considerado aliado fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro. As acusações, ainda que não comprovadas, representam um golpe significativo para sua trajetória política, marcada por anos de atuação no Congresso e passagem pelo comando de um dos ministérios mais poderosos do governo anterior.
A solicitação dos registros de visitas é vista como uma tentativa de embasar juridicamente sua versão e contestar publicamente as informações divulgadas. Caso os dados não confirmem a presença dos acusados em seu gabinete na data mencionada, Nogueira espera fortalecer sua narrativa de inocência.
A Polícia Federal não se manifestou publicamente sobre o depoimento em questão, e as investigações sobre o esquema do PCC seguem em andamento.
Fonte: Rede Social X