Política

FRAUDE EM COTAS

Mulheres que foram "laranjas" do PL na eleição de 2020 não tiveram nenhum voto

TSE cassou o mandato do vereador Leonardo Eulálio e do suplente Joattan Gonçalves. A decisão foi proferida nesta sexta (03). Graça Amorim assume

Da Redação

Sexta - 03/05/2024 às 18:58



Foto: TSE Reprodução
Reprodução

Na decisão que determinou a perda do mandato do vereador Leonardo Eulálio e do suplente Joattan Gonçalves, a ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral, argumentou que as três candidatas "laranjas" que foram utilizadas para fraudar as cotas de gênero pelo PL de Teresina sequer obtiveram votos. A ação foi impetrada pelo partido Progressistas e pela vereadora Graça Amorim.

Além do vereador, são citados o suplente Joattan Gonçalves da Silva e as candidatas Jacira Gonçalves Rodrigues, Sonia Raquel Alves da Silva e Katia D'Angela Silva Morais.

Segundo a denúncia, "duas candidatas receberam doação de R$ 10.000 da campanha de candidato ao pleito majoritário e supostamente efetuaram idênticos gastos de R$ 4.000 com adesivos, R$ 3.000 com locação de som e R$ 3.000 com serviços de panfletagem, todavia, a prestação de contas de ambas foi desaprovada diante da não comprovação da regularidade dessas despesas feitas com recursos públicos. Por sua vez, a terceira candidata não realizou movimentação financeira", disse.

As candidatas atuavam nas redes sociais, de acordo com a decisão do TSE, para manifestar apoio a outro candidato e isso comprovou que as candidaturas delas era inexistente.

Foram apontados problemas com a prestação de contas das candidatas, a ausência de campanhas e as três tiveram votação zerada ou ínfima: Sonia e Jacira não receberam nenhum voto, e Katia apenas um voto, não sendo o seu próprio voto.

As três candidatas tentaram desistir das candidaturas, porém, fatos considerados irregulares pela decisão: "Sônia teria desistido em razão do falecimento do filho, o que teria desencadeado quadro depressivo. Mas a certidão de óbito aponta falecimento em 26/06/20 (antes do registro de candidatura) e o laudo de tratamento psiquiátrico é datado de 17/12/20 (depois das eleições). Jacira juntou desistência formal na madrugada do dia 14/11/20, véspera da eleição que ocorreu em 15/11/20, e apenas alegou que o marido não apoiava a sua empreitada. Kátia teria desistido por ser acometida de hipertensão arterial. Mas o atestado consta de 16/10/20, quando já fazia publicações pedindo voto a Joattan”.

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