O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a soltura de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais de Jair Bolsonaro (PL), informa o jornal O Globo. Martins buscava há seis meses comprovar que não viajou clandestinamente aos EUA no final de 2022.
Martins foi preso preventivamente pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder por meio de uma tentativa de golpe de Estado.
Recentemente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pela liberdade de Martins, apontando ausência de provas de sua saída do país. O procurador-geral, Paulo Gonet, destacou dados de geolocalização que indicam a presença de Martins no Brasil durante o período questionado.
Informações da operadora Tim mostraram que Martins esteve no Paraná e em Brasília no final de 2022. O documento foi incluído no inquérito que investiga uma suposta organização criminosa visando manter Bolsonaro no poder por meio de um golpe de Estado.
Em sua delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, disse que Martins teria elaborado uma minuta golpista após as eleições de 2022. A Polícia Federal indicou que Martins viajou sem registrar saída do Brasil, tentando escapar de uma possível punição legal. Martins nega ter deixado o país ou elaborado qualquer plano golpista.
Durante sua prisão, Martins forneceu documentos como faturas de cartão de crédito e certidões que contestam alegações de viagem aos EUA. A defesa de Martins questionou a validade das provas utilizadas pela Polícia Federal para justificar a prisão.
Sebastião Coelho, advogado de Martins, afirmou que documentos do órgão de proteção de fronteiras dos EUA confirmam que Martins entrou no país pela última vez em setembro de 2022, acompanhando Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.
Fonte: Brasil 247
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