
A senadora Regina Sousa (PT-PI) comentou a denúncia protocolada na Comissão de Ética do Senado Federal, por quebra de decoro parlamentar contra ela e mais cinco senadoras: Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA) e Ângela Portela (PDT-RR), por terem ocupado na Mesa Diretora na terça-feira. Regina Sousa lembrou que até morte já houve no Senado, que não é um "santuário".
“As pessoas falam desse Senado como se fosse um santuário. Mas já teve de tudo aqui. Até morte errada”, lembrou. Em 4 de dezembro de 1963, o então senador Arnon de Mello (PDC-AL), pai do ex-presidente da República e hoje senador Fernando Collor (PTB-AL) atirou contra Silvestre Péricles (PTB-AL). O segundo disparo acertou o abdome do senador José Kairala (PSD-AC), que morreu pouco tempo depois
No último dia 23 de maio deste, um bate-boca entre os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), por pouco não acabou em briga. A turma do deixa disso separou os brigões.
A resistência das parlamentares em desocupar as cadeiras da presidência e das secretarias da Mesa do Senado é o fato denunciado na representação ao Conselho de Ética, o mesmo que rejeitou a representação contra o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de receber R$ 2,3 milhões da OAS.
O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Souza (PSDB-MA) acatou o pedido de abertura de processo contra as senadoras, assinado por 15 senadores, entre eles Ciro Nogueira (PP) e Elmano Ferrer (PMDB).
“Tenho certeza de que [a representação contra as senadoras] vai ser acatada. Eu acho que o presidente do Conselho vai chamar a comissão ainda antes do recesso”, apostou.
Fonte: Assessoria