Política

GOLPE DE 64

Dilma diz ser crucial lembrar do golpe militar de 64 para que ele não se repita

"A História não limpa da consciência nacional os atos daqueles que exilaram e mancharam de sangue, tortura e morte a vida brasileira durante 21 anos", afirma a ex-presidente

Da Redação

Domingo - 31/03/2024 às 11:42



Foto: CGTN Dilma Rousseff
Dilma Rousseff

A ex-presidente Dilma Rousseff, que atualmente preside o Banco dos BRICS, fez uma publicação no X, antigo Twitter, neste domingo (31), data que marca os 60 anos do golpe militar que deu início à ditadura de mais de duas décadas no país. 

Contrastando com a posição do presidente Lula (PT), que determinou que o governo não realizasse atos em alusão ao golpe para evitar "conflagrar" o ambiente político, Dilma afirma na postagem ser "crucial" relembrar o evento histórico. "Manter a memória e a verdade histórica sobre o golpe militar que ocorreu no Brasil há 60 anos, em 31 de março de 1964, é crucial para assegurar que essa tragédia não se repita, como quase ocorreu recentemente, em 8 de janeiro de 2023. Como tentaram agora, naquela época, infelizmente, conseguiram. Forças reacionárias e conservadoras se uniram, rasgaram a Constituição, traíram a democracia, e eliminaram as conquistas culturais, sociais e econômicas da sociedade brasileira. O presidente João Goulart, legitimamente eleito, foi derrubado e morreu no exílio. No passado, como agora, a História não apaga os sinais de traição à democracia e nem limpa da consciência nacional os atos de perversidade daqueles que exilaram e mancharam de sangue, tortura e morte a vida brasileira durante 21 anos. Tampouco resgata aqueles que apoiaram o ataque às instituições, à democracia e aos ideais de uma sociedade mais justa e menos desigual. Ditadura nunca mais!".

A ex-presidente Dilma foi presa e cruelmente torturada durante a ditadura militar. Em depoimento em 2001 ao Conselho Estadual de Direitos Humanos (Conedh-MG), ela deu alguns detalhes sobre um dos episódios que sofreu: “minha arcada girou para o lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente se deslocou e apodreceu. […] Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz (capitão Alberto Albernaz, do DOI-Codi de São Paulo) completou o serviço com um soco, arrancando o dente”.

Fonte: Brasil 247

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