
Durante discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não há justificativa para medidas unilaterais e arbitrárias contra instituições e a economia do Brasil.
“A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”, declarou Lula.
O presidente destacou ainda que, pela primeira vez na história do país, um ex-chefe de Estado foi condenado por tentar desestabilizar a democracia. Ele se referia à condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por crimes relacionados a tentativa de golpe e outros quatro delitos.
“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e àqueles que os apoiam. Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela. Democracias sólidas vão além do ritual eleitoral. Seu vigor pressupõe a redução das desigualdades, a garantia dos direitos mais elementares”, afirmou Lula.
O presidente também mencionou ações do deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde março, buscando impor medidas de retaliação contra o Brasil. Ontem (22), Eduardo foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República, junto com o blogueiro Paulo Figueiredo, por coação, em investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Lula reforçou que a democracia brasileira e a independência do país são prioridades inegociáveis, destacando o compromisso do Brasil com a soberania nacional diante da comunidade internacional.
Assista ao discurso de Lula na Assembleia-Geral da ONU: