Sistema hidráulico da Cadeia de Altos é limpo após morte de 5 presos infectados pela água

Foto: Divulgação/Sejus

Processo de sanitização da Cadeia Pública de Altos

O sistema hidráulico da Cadeia Pública de Altos foi sanitizado e limpo após as mortes de cinco detentos supostamente causadas por infecções oriundas do consumo de água na unidade. A informação é da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). A limpeza aconteceu na caixa d’água e tubulação, com aplicação de dosador de placas de cloro no poço, sanitização e monitoramentos semanais, além de análises e coleta da água daquele presídio.

Ontem (26) a Defensoria Pública do Piauí encaminhou ao Fórum Criminal pedido de soltura, benefício da prisão familiar e ainda transferência dos apenados da CPA para outros presídios do estado. De acordo com o defensor Dácio Rufino, os presos apresentam sintomas parecidos como inchaço nas pernas, formigamento nos pés e dificuldade para urinar. 39 estão internados em hospitais de Teresina.

O surto de infecção na Cadeia de Altos foi divulgada pela Sejus no último dia 7 de maio quando 48 apenados apresentaram os sintomas e precisaram ser internados.

Segundo o engenheiro químico e coordenador da Vigilância Ambiental da Sesapi, Antonio de Sá, que coordena a ação, a água se encontra fora de qualquer perigo de contaminação. “Seguimos fazendo a coleta da água e já observamos uma resultado muito positivo. Notamos, nessa primeira amostra, uma quantidade excelente e adequada de cloro, com PH ideal. Com a presença do cloro, não há presença de microrganismos na água e, assim, eliminamos qualquer possibilidade desta causar doenças às pessoas que a consomem”, diz o engenheiro.

Enquanto a limpeza e tratamento da água seguem ocorrendo, está sendo utilizada água mineral para o consumo dos detentos, servidores e confecção da alimentação. A Sejus também proibiu a entrada de novos internos na unidade.

Além de intensificar as medidas de limpeza na Cadeia Pública de Altos, a Sejus estruturou uma enfermaria e reforçou o atendimento médico na unidade. Em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, equipes de médicos plantonistas, infectologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem avaliam, diariamente, todos os internos do presídio, além de uma equipe externa que faz o acompanhamento diário com boletins médicos do estado se saúde dos que se encontram hospitalizados.