O comandante do Corpo de Bombeiros do Piauí (CBMEPI), coronel José Rego, afastou das suas funções o sargento Gilvan Freitas Rodrigues, de 40 anos, acusado de agressões físicas e psicológicas contra sua ex-esposa, a jornalista Yara Ataíde, de 34 anos. A primeira punição do militar incluiu a proibição de portar a arma da corporação, que foi recolhida ao quartel. Gilvan não foi preso porque essa a uma decisão que só pode ser tomada por um juiz.
Há seis dias, Yara veio a público denunciar os episódios de violência do ex-marido. As atitudes do sargento tem causado prejuízos à família da jornalista e à imagem do Corpo de Bombeiros, uma corporação respeitada pelos bons serviços prestados à população.
Nesta sexta-feira (20), um grupo de mulheres se reuniu na sede da OAB para protestar contra a impunidade e exigir providências contra os atos de agressão do militar contra a ex-esposa.
Nova denúncia
O caso já havia sido tornado público no início da semana passada. Mas na quinta-feira (19), Yara Ataíde voltou a relatar nova agressão. Ela afirmou que, no dia anterior (18), o sargento Gilvan a atacou novamente, desta vez na porta de sua casa, em Timon (MA), descumprindo uma medida protetiva. O episódio ocorreu na frente dos dois filhos do casal, um menino de quatro anos e uma menina de dois.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o sargento aparece aplicando um golpe de mata-leão em Yara, que, além de ter sido agredida, alega que Gilvan tem entrado em contato com seus familiares, enviando vídeos do período em que estavam separados.
“Espero que a justiça seja feita e que ele seja preso. Ele está descumprindo uma lei. Amanhã, vou à delegacia registrar um novo boletim porque eu e meus filhos estamos em perigo", declarou Yara.
Em resposta, o CBMEPI emitiu nota informando que havia aberto um procedimento para investigar a conduta do sargento, tanto no âmbito profissional quanto em sua vida pessoal. Mas a nota não dizia claramente qual era o "procedimento administrativo" adotado.
Neste sábado (21) a punição no âmbito do Corpo de Bombeiros foi confirmada. O sargento foi afastado das funções e recolhida a arma da corporação que estava em poder de Gilvan. Agora, ele vai responder a inquérito e aguardar decisão da Justiça. Ele poderá ser demitido do serviço público.