
A Polícia Federal (PF) deu início à perícia de celulares e equipamentos eletrônicos apreendidos durante a operação Sem Desconto, deflagrada na terça-feira (23), que visa investigar fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS.
A Direção-Geral e a Diretoria Técnico-Científica da PF priorizaram o trabalho de peritos para garantir a agilidade nas investigações, dada a complexidade do caso. Os materiais coletados estão sendo analisados de forma descentralizada, com cada unidade estadual da PF responsável por examinar os itens apreendidos em suas respectivas regiões.
Os itens incluem carros de luxo, obras de arte e relógios, possivelmente adquiridos com os recursos desviados das fraudes. Além disso, a perícia dos celulares e dispositivos relacionados ao inquérito principal ficará sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, ressaltou a importância de esclarecer o destino final dos recursos envolvidos no esquema, que pode envolver uma rede complexa de lavagem de dinheiro.
Até o momento, não há confirmação sobre o número exato de pessoas envolvidas, mas as investigações seguem com intensidade. A operação Sem Desconto foi uma das maiores já realizadas pelo órgão para combater fraudes contra benefícios sociais no país, envolvendo diferentes esferas da administração pública.
A investigação foi iniciada após um levantamento detalhado da PF sobre possíveis fraudes que afetavam aposentados e pensionistas do INSS. As provas recolhidas durante a operação, somadas à análise pericial que está em andamento, devem fornecer subsídios essenciais para identificar todos os responsáveis e os caminhos por onde os recursos desviados foram movidos.
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Fonte: Brasil 247