
A blogueira Ana Azevedo foi presa na manhã desta quarta-feira (30), durante a Operação DRACO 210: Faixa Rosa, deflagrada em 8 bairros de Teresina, e nas cidades de Demerval Lobão (PI), Nazária (PI) e Timon (MA). A ação mira 15 mulheres apontadas como integrantes de organização criminosa.
Ana Azevedo é conhecida como a blogueira que residia no Grande Dirceu e foi expulsa por integrantes de uma facção criminosa. Ela chegou a deixar a capital pelas ameaças, mas retornou. Ela foi presa no bairro Santo Antônio, no residencial Dagmar Mazza, zona Sul de Teresina.
A blogueira Ana Azevedo
Os policiais cumprem 34 mandados judiciais, sendo 15 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão domiciliar. Todos os mandados foram expedidos pela Central de Inquéritos de Teresina. As ações ocorreram nos bairros Todos os Santos (Residencial Pedro Balzi), Santo Antônio (Invasão Dagmar Mazza), Monte Castelo, Dirceu II, Lourival Parente, Areias (Loteamento Primavera), Parque Jacinta e Samapi.
A operação é uma realização da Polícia Civil do Estado do Piauí, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) e da 4ª Seccional de Polícia Civil, com o apoio operacional da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), das inteligências da Polícia Civil e da SSP (DIPC e DINT), DEOP, DPM, DPI, delegacias seccionais da Polícia Civil, Polícia Militar do Piauí (BOPE, BEPI e BOPAER) e Guarda Civil Municipal de Teresina, por meio das equipes da ROMU e GOC.
Mulheres tinham grupo de WhatsApp
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), as medidas são frutos dos desdobramentos da Operação DRACO 198, deflagrada em março deste ano, que culminou na apreensão de um aparelho celular vinculado a A. da S. M., tia de um dos líderes da organização e integrante ativa do núcleo feminino.
"A análise pericial do dispositivo revelou elementos contundentes que evidenciam uma estrutura hierarquizada dentro da organização, incluindo um grupo de WhatsApp intitulado 'A LUTA NÃO PARA', no qual foram identificadas mensagens, cadastros, estatutos e ordens internas relacionadas à atuação das investigadas", explica a secretaria.
De acordo com a polícia, as mulheres alvos da operação desempenhavam funções diversas e relevantes na engrenagem da organização criminosa, tais como: disseminação de ordens hierárquicas, aplicação de disciplina interna, recrutamento, arrecadação de valores ilícitos e organização logística de atividades delitivas, especialmente no tráfico de entorpecentes e no suporte a ações violentas.