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VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Protesto com 'Banho de Sangue' pede justiça para professora torturada em Altos

Familiares e amigos de professora torturada e estuprada fazem protesto em Altos. Assista aos vídeos

Alinny Maria

Sexta - 10/01/2020 às 10:57



Foto: Imagens enviadas ao Piauí Hoje Manifestação contra o feminicidio em Campo Maior
Manifestação contra o feminicidio em Campo Maior

Familiares e amigos da professora de 38 anos que foi torturada, mantida em cárcere privado e ameaçada de morte pelo próprio marido em Altos, fizeram uma manifestação no município nesta sexta-feira (10). A manifestação saiu da Praça Central Cônego Honório e foi até o Fórum da cidade, onde ocorreu a performance 'Banho de Sangue', da bailarina Luzia Amélia. 

"A manifestação foi um apoio à família de Elizangêla e de apoiar as mulheres que sofreram e ainda sofrem, inclusive muitas mulheres sofrem caladas. Muitas mulheres não têm coragem de gritar por socorro, de pedir ajuda. É um manifesto em apoio, chega de violência e de feminícidio. O grande intuito da manifestação é alertar a cidade de Altos, alertar as mulheres e cobrar punição, porque a mulher merece respeito", diz Eliane Monteiro, irmã da professora. 


A performance 'Banho de Sangue' é um ato simbólico que pede o fim da violência contra a mulher e punição para autores de feminicídio. O local escolhido para a apresentação foi na frente do Fórum porque é onde ocorre os julgamentos. "Ó Fórum é onde temos aquela resposta após a delegacia, após a promotoria. É onde vemos que pode ter uma punição e lá podemos chamar a atenção das autoridades e mostrar que estamos ao lado dessas mulheres", ressalta Eliane.

Artista Luzia Amélia performando o 'Banho de Sangue, em alusão às vítimas de Feminicídio e violência doméstica

O protesto contou com a participação da Frente Popular de Mulheres. Todos os manifestantes usavam roupas pretas e se uniram em um grito de liberdade, pedindo o fim da violência contra a mulher.

Após o protesto, a família da vítima foi convocada para uma reunião com a Promotoria, que informou sobre a prisão preventiva do suspeito. Marco Emílio é acusado do crime e agora será julgado. O julgamento ainda não tem data marcada. A vítima saiu do estado por medo.

O CRIME

A professora E.S.M.A foi mantida em cárcere privado, torturada, estuprada e ameaçada de morte durante oito dias em Altos. O acusado do crime é o próprio esposo da vítima, Marco Emílio Alcides de Araújo, de 38 anos. Ele levou a mulher para um matagal entre os municípios de Altos e Coivaras, a amarrou nua em uma árvore e jogou gasolina sobre seu corpo, ameaçando tocar fogo.

A mulher conseguiu escapar do cárcere privado após ter recebido uma visita de seu pai, oportunidade em que contou a ele o que vinha sofrendo. Marco Emílio trabalha com contabilidade e era casado há 20 anos com a professora. Ele foi preso na quarta-feira (08) e levado a Central de Flagrantes de Teresina.

Fonte: Com informações de Valciãn Calixto

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