
O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) divulgou uma nota de repúdio aos atos de violência contra uma médica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade de Bom Jesus, no Sul do Piauí, ocorridos na quarta-feira (30). A médica Renata Lopes estava de plantão na unidade quando foi agredida verbalmente e fisicamente por uma paciente que aguardava atendimento.
Segundo a médica, a paciente estava na sala de espera quando começou a causar tumulto, exigindo prioridade e dizendo que faria um "barraco". Renata Lopes disse que tentou acalmar a paciente quando foi ofendida com o termo "rapariga”. A paciente foi identificada como Eudricassia Alves Lopes.
Renata Lopes pegou o celular e começou a gravar a situação, momento em que Eudricassia empurrou um portão e causou ferimentos no braço e no pé da médica. Um vigilante da UPA conteve a paciente até a chegada da Polícia Militar, que a prendeu em flagrante por lesão corporal dolosa.
Sindicato cobra providências
Em nota, o SIMEPI manifestou repúdio e preocupação diante do episódio contra a médica.
"Este ato de violência extrema evidencia a crescente insegurança enfrentada pelos profissionais de saúde em nosso estado. É inadmissível que hospitais, locais destinados ao cuidado e à preservação da vida, sejam transformados em cenários de violência", disse a nota.
O SIMEPI exigiu das autoridades competentes providências imediatas para garantir a segurança nas unidades de saúde, incluindo:
- Reforço da segurança nas unidades hospitalares, especialmente em áreas de risco.
- Implementação de protocolos de segurança eficazes para proteger profissionais e pacientes.
- Investigação rigorosa e punição dos responsáveis por atos de violência contra unidades de saúde.
"O SIMEPI reitera seu compromisso com a defesa dos direitos e da segurança dos médicos e demais profissionais de saúde do Piauí, ao tempo em lembra que tal atitude fere a legislação vigente, com atos de ameaça, coação ou violência no exercício da profissão médica. Não será permitido que a violência comprometa o exercício da medicina e o atendimento à população. As providências cabíveis serão tomadas pelo sindicato contra a agressora", concluiu a nota.