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ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Escolas do Piauí priorizam alimentos frescos e locais, conforme diretrizes do MEC

Portaria do Ministério da Educação orienta diminuição de produtos industrializados, com foco em alimentos frescos e da agricultura familiar

Da Redação

Sexta - 07/02/2025 às 07:37



Foto: CCOM-PI Estudantes almoçando na escola
Estudantes almoçando na escola

O Ministério da Educação (MEC) publicou, nesta terça-feira (4), uma portaria que determina a redução de 15% da quantidade de produtos ultraprocessados nas merendas das escolas públicas de todo o Brasil. No Piauí, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) já segue essa diretriz, priorizando alimentos saudáveis e desestimulando o consumo de itens industrializados, ricos em aditivos químicos.

Com o apoio de nutricionistas, as merendeiras das escolas da rede estadual têm inovado nos cardápios, substituindo alimentos processados por opções nutritivas e saborosas. O popular cachorro-quente, por exemplo, foi reformulado: a salsicha e os molhos carregados de conservantes deram lugar a preparações mais saudáveis. Produtos como achocolatados e refrigerantes foram retirados da lista de compras, sendo substituídos por cacau em pó e alternativas naturais, como sucos frescos.

Essa mudança também favorece a agricultura familiar, com o uso de alimentos frescos e locais, como arroz, feijão, carneiro desossado e frutas típicas da região, como melancia e mamão. A nutricionista Ana Vitória Barros Salomão, da 21ª Gerência Regional de Educação (GRE), ressalta a importância de ouvir os alunos para garantir a aceitação das refeições. “Muitos repetem o prato, o que indica que estamos no caminho certo”, afirma.

A estudante Letícia de Fátima de Sousa Magalhães, do Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Modestina Bezerra, em Teresina, confirma a qualidade das refeições. “A comida da escola é boa. Sempre temos arroz, creme de galinha, macarrão e salada, o que ajuda nos estudos”, disse.

Em 2024, a Seduc investiu mais de R$ 137 milhões na aquisição de alimentos para a rede estadual, com recursos estaduais e federais. Com a implementação do modelo de Educação em Tempo Integral em todas as escolas públicas estaduais, os alunos passam a receber três refeições diárias, garantindo mais nutrição e melhor desempenho acadêmico, além de apoiar a produção local de pequenos agricultores.

O secretário de Educação, Washington Bandeira, destacou a relevância da alimentação escolar no processo de aprendizagem. “A parceria com a Secretaria de Agricultura Familiar está melhorando a qualidade da alimentação nas escolas e impulsionando a agricultura familiar. Em 2024, o governo estadual investiu mais de R$ 17 milhões na compra de produtos locais, superando a exigência de 30% do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)”, afirmou.

Além de beneficiar a saúde dos alunos, a compra de alimentos de pequenos produtores fortalece a economia local. Raimundo Nonato Neto, presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado Ave Verde, em Teresina, destacou a importância dessa iniciativa para os produtores. “Cada produtor pode ganhar mais de um salário-mínimo por mês, o que é essencial para nossa permanência no campo e valorização do nosso trabalho”, concluiu.

Fonte: Com informações de CCOM-PI

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