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Vaticano diz “não” a mudanças de sexo e teoria de gênero em novo documento

O documento descreve ameaças contra dignidade humano

Da Redação

Segunda - 08/04/2024 às 12:07



Foto: @REAUTERS/Guglielmo Mangiapane Papa Francisco
Papa Francisco

O escritório doutrinário do Vaticano (DDF) divulgou a nota Dignitas infinita (Dignidade infinita) nesta segunda feira (8) após forte resistência conservadora, especialmente na África, contra o documento sobre questões LGBT.  O Vaticano chamou as cirurgias de mudança de sexo, o aborto, a eutanásia e a barriga de aluguel de "ameaças graves à dignidade humana".

O documento, chamado de "Dignitas infinita", foi aprovado pelo papa Francisco e elaborado pela ala mais conservadora da Igreja Católica, liderada por bispos da África.

Não há sugestão de que o novo texto, que descreve o que a Igreja percebe como ameaças à dignidade humana, tenha sido preparado em resposta direta às discussões sobre as bênçãos para pessoas do mesmo sexo, já que ele está sendo elaborado há cinco anos. Mas passou por revisões extensas durante esse período.

O papa Francisco o aprovou, depois de solicitar que ele também mencionasse "a pobreza, a situação dos imigrantes, a violência contra as mulheres, o tráfico humano, a guerra e outros temas", disse o chefe do DDF, cardeal Victor Manuel Fernández, em comunicado.

Veja abaixo alguns pontos do novo documento:

  • Barriga de aluguel - a declaração afirma que a barriga de aluguel viola a dignidade tanto da mulher responsável pela gestação como a da criança, e lembra que o pontífice chamou esse método de “desprezível”.
  • Mudança de gênero - os bispos afirmam no documento que “qualquer intervenção de mudança de sexo, em regra, corre o risco de ameaçar a dignidade única que a pessoa recebeu desde o momento da concepção”.
  • Aborto, eutanásia e pena de morte - a declaração também reforça a condenação permanente do Vaticano ao aborto, à eutanásia e à pena de morte, citando o papa Francisco, seus antecessores Bento XVI e João Paulo II e documentos anteriores do Vaticano.
  • Abuso sexual - a nova carta também classifica o abuso sexual como uma ameaça à dignidade humana e diz que o crime é “generalizado na sociedade”, incluindo dentro da Igreja Católica. Também faz a mesma classificação para a violência contra as mulheres, o cyberbullying e outras formas de abuso on-line.

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Fonte: Agência Brasil, G1

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