O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol disse que irá revogar a lei marcial, pouco mais de 5 horas depois de anunciá-la. É madrugada de quarta-feira (4) em Seul, e o presidente fez uma declaração especial televisionada, do Edifício do Gabinete Presidencial em Yongsan.
A lei havia sido derrubada pelo Parlamento do país, mas ainda precisa de uma revogação expressa do presidente.
Lei marcial determinou fechamento do Congresso
O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol impôs a lei marcial no país no fim da noite de terça-feira (3), e ordenou o fechamento do Congresso. Em discurso surpresa transmitido na YTN, ele disse que a medida busca limpar o território de aliados da Coreia do Norte, sem especificar as ameaças que justificam a imposição da lei. A oposição acusou o governo de tentar controlar o parlamento.
A lei marcial restringe o acesso a direitos civis e substitui a legislação normal por leis militares, como limitações à imprensa, ao parlamento e às forças policiais.
Congresso aprovou a derrubada da lei
Após os militares tentarem invadir o Congresso sul-coreano para impedir a votação, os parlamentares aprovaram de forma unânime a derrubada da lei marcial editada pelo presidente Yoon Suk-yeol. 190 dos 300 membros do parlamento estavam presentes na votação.
Civis se reuniram na frente do Parlamento durante toda a madrugada, pedindo a prisão do presidente, enquanto membros do Congresso informaram que não deixarão o plenário da Assembleia Nacional até que o presidente Yoon Suk Yeol revogue a lei marcial.
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Fonte: Com informações da Yonhap News