A lei marcial permanecerá em vigor na Coreia do Sul até que seja emitida uma ordem correspondente do presidente do país, Yoon Suk-yeol, para suspendê-la, informou a emissora YTN nesta terça-feira (3). Nesse sentido, os militares sul-coreanos afirmaram que manterão a lei marcial.
O presidente sul-coreano anunciou a lei marcial mais cedo nesta terça-feira, alegando que a oposição estava simpatizando com a Coreia do Norte e planejando uma "rebelião". O parlamento desafiou a declaração presidencial e votou pela suspensão da lei marcial.
O gabinete do presidente do parlamento, Woo Won-shik, declarou que a imposição da lei marcial pelo presidente era inválida após a votação dos parlamentares.
Segundo a BBC, ocorreram confrontos entre manifestantes e as forças de segurança que tentaram proteger a Assembleia Nacional.
Lideranças partidárias disseram que um golpe de Estado está em curso. Um líder da oposição, Cho Guk, afirmou que "o não cumprimento do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol da decisão do parlamento de suspender a lei marcial será considerado um crime".
Até mesmo Han Dong-hoon, líder do partido pró-presidencial People Power Party, afirmou que o uso de policiais e forças armadas em Seul foi ilegal.
"A declaração é ilegal e constitui um ato criminoso, violando diretamente a Constituição e outras leis", disse em nota o Partido Democrata, da oposição. "É essencialmente um golpe de Estado", afirmou.
Ele argumentou que a votação do parlamento anulou a declaração, que proibia o funcionamento do parlamento e dos partidos políticos. Ele criticou o governo por convocar policiais e soldados ao prédio da Assembleia Nacional em Seul.
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Fonte: Brasil 247 com informações de Agências internacionais