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Maduro ataca TikTok e diz que rede social quer "guerra civil" na Venezuela

O presidente venezuelano reiterou sua posição sobre a crise política no país

Da Redação

Terça - 13/08/2024 às 11:19



Foto: Federico PARRA/AFP Nicolás Maduro em discurso em que pediu que a população venezuelana deixasse de usar o WhatsApp
Nicolás Maduro em discurso em que pediu que a população venezuelana deixasse de usar o WhatsApp

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a fazer críticas contundentes contra plataformas digitais, agora mirando o TikTok. Em uma reunião com chefes das instituições do governo na segunda-feira (12), Maduro classificou o TikTok como “imoral” e acusou seus proprietários de promover uma guerra civil na Venezuela e apoiar o fascismo na América Latina e no mundo.

Maduro já havia solicitado anteriormente à população que desinstalasse o WhatsApp, migrando para serviços de mensagens da Rússia e da China, e ordenou o bloqueio temporário do X, rede social de Elon Musk, após ataques diretos. Em suas recentes declarações, Maduro ampliou sua crítica, alegando que o TikTok, de propriedade do chinês Zhang Yiming e alinhado ao Partido Comunista da China, busca fomentar uma crise política no país.

A crise política na Venezuela continua a se intensificar após as eleições de 28 de julho. María Corina Machado, líder da oposição, afirmou que Edmundo González assumirá a presidência em 10 de janeiro de 2025, data em que termina o mandato de Maduro. Segundo Machado, a vitória de González nas eleições é clara, apesar de contestada pelo governo atual e pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou Maduro como vencedor com 52% dos votos.

Machado também criticou a legitimidade da administração atual, chamando-a de “fraude monumental” e enfatizando a necessidade de continuar a pressão nacional e internacional sobre Maduro. A oposição acusa o governo de ter realizado uma fraude eleitoral e se prepara para o novo cenário político que se desenha.

Enquanto isso, uma reportagem do "The Wall Street Journal" indicou que os Estados Unidos estariam negociando uma possível anistia para Nicolás Maduro em troca de sua saída do poder. No entanto, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, negou qualquer oferta formal de anistia feita a Maduro desde as eleições.

Embora a Casa Branca tenha desmentido a oferta, há especulações sobre negociações anteriores e a possibilidade de uma concessão de anistia, caso Maduro aceite reconhecer a vitória da oposição e fazer uma transição gradual de poder. Os EUA e outros países, como o Brasil, têm exigido a divulgação das atas eleitorais para garantir a transparência do processo eleitoral.

Com a Justiça eleitoral venezuelana ainda sem apresentar as atas de votação e a contagem paralela da oposição mostrando uma vitória de González, a situação permanece incerta. A Suprema Corte venezuelana iniciou uma auditoria das eleições, que promete um resultado "inapelável", enquanto a comunidade internacional continua pressionando por maior transparência.

Fonte: G1

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