
O Papa Francisco, de 88 anos, está internado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia bilateral. Neste domingo, 9 de março, o Vaticano informou que o pontífice participou de "exercícios espirituais" da Cúria Romana por meio de videoconferência e recebeu visitas, incluindo o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e o substituto da Secretaria de Estado, dom Edgar Peña Parra.
De acordo com o boletim médico, Francisco continua com tratamento e fisioterapia respiratória e motora, além de seguir uma dieta prescrita que inclui alimentos sólidos. O estado de saúde do Papa permanece estável, com ligeiras melhoras graduais; contudo, o quadro ainda é considerado complexo, levando os médicos a manterem um prognóstico reservado.
Durante o dia, o Papa utiliza oxigenação de alto fluxo com cânulas nasais e, à noite, recorre à ventilação mecânica não invasiva, conforme planejado pela equipe médica. A Santa Sé informou que Francisco teve uma noite tranquila e está descansando. O próximo boletim médico está previsto para ser divulgado na segunda-feira, 10 de março.
Apesar da internação prolongada, o Papa Francisco continua a desempenhar algumas de suas funções, mantendo-se informado sobre assuntos globais e governando a Igreja Católica desde seu apartamento no hospital. Ele também tem orado na capela do hospital, demonstrando seu compromisso com as atividades religiosas mesmo durante a recuperação.
A saúde do pontífice tem sido motivo de preocupação nos últimos anos. Em julho de 2021, ele foi submetido a uma cirurgia no cólon devido a uma estenose diverticular. Em março de 2023, foi hospitalizado por uma infecção respiratória, e em junho do mesmo ano, passou por uma cirurgia na parede abdominal. Recentemente, em dezembro de 2024 e janeiro de 2025, sofreu contusões decorrentes de quedas.
Diante das especulações sobre uma possível renúncia, o secretário-geral e porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola, Francisco César García Magán, afirmou que não se cumprem as condições para tal decisão. Ele explicou que a carta de renúncia assinada pelo Papa refere-se à incapacidade mental, não a problemas físicos, e pediu aos fiéis que orem pela recuperação de Francisco.
Fonte: UOL