A crise diplomática entre Brasil e Nicarágua escalou nesta sexta-feira (9) após o presidente nicaraguense Daniel Ortega nomear Fulvia Castro, anteriormente expulsa pelo Itamaraty, como nova ministra da Economia Familiar. A decisão é vista por setores do governo brasileiro como uma provocação direta à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo informações de Jamil Chade, do UOL.
A tensão começou na quinta-feira (8), quando o Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou a expulsão de Fulvia Castro em resposta à exigência de Ortega para que o embaixador brasileiro em Manágua, Breno de Souza da Costa, deixasse o país. A medida de Ortega foi interpretada como uma reação a possíveis esforços brasileiros para mediar uma solução política para a crise na Nicarágua.
Murillo, vice-presidente da Nicarágua e esposa de Ortega, anunciou que Fulvia Castro será oficialmente nomeada ministra da Economia Familiar assim que chegar ao país. Murillo evitou usar o termo "expulsão" e não fez referências diretas à crise, preferindo enfatizar que a Nicarágua continua promovendo "rotas de garantias da paz e de justiça". Ela também ressaltou a soberania nicaraguense, descrevendo o país como "soberano e livre", além de "harmonioso e colorido".
Fonte: Brasil 247
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