Uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Nordeste (BNB) e o Consórcio Nordeste vai destinar R$ 100 milhões para ações de preservação, recuperação e bioeconomia do bioma Caatinga. O ecossistema é inteiramente brasileiro, único no mundo e de enorme importância para o equilíbrio climático. Segundo pesquisadores, a Caatinga se destaca pela sua eficiência em sequestrar carbono, chegando a capturar até 7 toneladas de CO₂ por hectare por ano em áreas mais úmidas, e entre 1,5 a 3 toneladas nas mais secas.
O anúncio foi feito durante a COP30, em Belém. O presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles, comentou a iniciativa: “São 100 milhões de reais que podem ser alavancados até 200 milhões de reais com outros parceiros para garantir reflorestamento dos biomas do Nordeste brasileiro. É uma garantia da recuperação e da conservação da nossa biodiversidade, para alavancar também o potencial da nossa bioeconomia, gerando oportunidades para o nosso povo nordestino.”
Além de sua importância para o clima, a Caatinga tem ainda valor estratégico para a bioeconomia. Iniciativas como a Rede Impacta Bioeconomia reforçam o uso sustentável da biodiversidade local para criação de produtos de alto valor agregado, como cosméticos, alimentos funcionais e bioinsumos farmacêuticos, gerando oportunidades de emprego e renda na região.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou o valor da Caatinga. "É uma floresta tropical seca que pode ajudar o planeta no aquecimento global e a encontrar espécies mais resilientes que sejam capazes de sobreviver. O Nordeste tem que estar muito orgulhoso da sua floresta. Ela é muito importante para o Brasil e para o planeta.”
De acordo com o diretor de Planejamento do BNB, Aldemir Freire, a iniciativa é, provavelmente, é o maior programa de restauração da Caatinga da história.
Fonte: Governo do Estado