O governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, comunicou oficialmente a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando "profundas diferenças" em relação à gestão da pandemia de COVID-19 pela entidade. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou que a medida busca assegurar a soberania nacional nas políticas de saúde.
Além da desvinculação da OMS, a administração Milei está considerando a retirada da Argentina do Acordo de Paris, tratado internacional que visa combater as mudanças climáticas. O governo questiona a influência política de alguns estados dentro desses organismos e avalia que certas políticas podem comprometer a autonomia do país.
Internamente, há discussões sobre a possível remoção da tipificação de feminicídio do Código Penal argentino. O ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, argumenta que essa medida promoveria a igualdade legal, evitando distinções baseadas em gênero. No entanto, essa proposta tem gerado preocupações entre ativistas de direitos humanos, que temem um retrocesso na proteção das mulheres contra a violência de gênero.
Essas iniciativas refletem uma reavaliação abrangente dos compromissos internacionais e das políticas internas da Argentina, com o objetivo declarado de reforçar a soberania nacional e revisar acordos que, segundo o governo, podem limitar a autonomia do país.
Fonte: Brasil 247