
A estratégia faz parte do projeto “Crack, é Possível Vencer”, do Ministério da Justiça. “As duas localidades são uns dos principais pontos de tráfico de drogas. O monitoramento inibe a ação dessas pessoas, que muitas vezes abordam quem passa pela região para a prática de furtos e assaltos. Desde a implantação do projeto, nós não tivemos registro de nenhum homicídio nas regiões. Quem entra para comprar ou vender drogas é impedido”, explica o secretário de Estado da Segurança, Fábio Abreu.
Há oito anos residindo no bairro São Joaquim, onde fica localizado o Parque Lagoas do Norte, José Carlos Cardoso elogia a iniciativa. “Sempre levo meu filho para brincar no parque, mas agora faço isso com mais frequência por causa da maior segurança. As câmeras afastam os ladrões e muitas casas que serviam como boca de fumo foram isoladas pela polícia. Hoje andamos com mais tranquilidade na região”, conta o produtor de eventos.
Ao todo, 26 câmeras foram instaladas na região do Parque Lagoas do Norte, interligadas a um microônibus. ( Foto: Francisco Leal)Já a moradora do bairro Cidade Nova, Rejane Moraes, costuma fazer caminhada bem próximo à Vila Nova Jerusalém, no pátio de provas do Detran, no bairro Redenção. “Antes da implantação do sistema de monitoramento, era muito perigoso fazer atividades por aqui. Havia muita venda e uso de drogas. Atualmente não vemos mais isso e o fluxo diário de pessoas aumentou bastante, o que faz com que todos se sintam mais seguros para praticar os exercícios e passear pela região”, diz Rejane.
Com o auxílio das imagens das câmeras, a Polícia Militar tem apreendido muitos traficantes de drogas, principalmente nos últimos dois meses. “Na região da Vila Jerusalém prendemos quatro pessoas que faziam parte do tráfico. O certo é que esse projeto é uma opção moderna que auxilia bastante, principalmente quando temos pouco efetivos atuando na Polícia”, destacou o comandante-geral da PM, cel Carlos Augusto.
Ainda de acordo com o coronel, a intenção é implantar o sistema o mais rápido possível por toda a capital. “É essencial que o videomonitoramento seja implantado em todos os pontos de Teresina, pois os usuários deixam o local que está sendo vigiado, mas se deslocam para outros pontos da cidade. Temos que fazer um trabalho integral para que a cidade não vire uma cracolândia”, complementou o comandante.
Quanto ao monitoramento de segurança como um todo, o Centro de Operações Policiais Militares (Copom) atua com 30 câmeras, que estão espalhadas pelas principais avenidas de Teresina. A pretensão da Secretaria da Segurança e da PM é botar em prática, ainda em 2016, o projeto de videomonitoramento urbano, que irá modernizar o Centro de Operações e contemplar a capital com mais de 200 câmeras de monitoramento. O sistema será levado também para o interior do estado, começando por Picos e Floriano.
Fonte: Governo do PI