
Em 2022, cerca de 1 milhão de estrangeiros ou brasileiros naturalizados viviam no Brasil, segundo o Censo Demográfico do IBGE. Desses, 793 mil eram estrangeiros e 216,3 mil haviam se naturalizado brasileiros. A maior parte desse grupo era composta por venezuelanos, com 271,5 mil pessoas, superando os portugueses, que eram o maior grupo até então. Em 2010, a população venezuelana no Brasil era bem menor, com apenas 2,9 mil pessoas. Hoje, os portugueses são a segunda maior nacionalidade, com 104,3 mil habitantes.
O número total de estrangeiros no Brasil representou 0,50% da população, um aumento de 70% em relação a 2010. Esse é o maior número desde 1980, quando havia 1,11 milhão de estrangeiros ou naturalizados. A maioria desses estrangeiros chegou entre 2018 e 2022, com cerca de 400 mil pessoas.
Além dos venezuelanos e portugueses, outros grupos significativos são os bolivianos (80,3 mil), paraguaios (58,3 mil), haitianos (57,4 mil) e argentinos (42,6 mil). Juntos, os latino-americanos formam dois terços do total de estrangeiros ou naturalizados no Brasil. Fora da América Latina, os destaques são os japoneses (39 mil), italianos (30,2 mil), chineses (23,8 mil), estadunidenses (23,3 mil) e espanhóis (23,1 mil).
Entre os estados, Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, tem a maior proporção de estrangeiros, representando cerca de 12% da sua população em 2022. Em São Paulo, o maior número absoluto de estrangeiros foi registrado, com cerca de 350 mil pessoas.
O Censo 2022 também analisou os fluxos migratórios dos últimos cinco anos. Aproximadamente 457 mil pessoas que estavam fora do Brasil em 2017 passaram a viver aqui em 2022, um número bem maior do que o registrado entre 2005 e 2010, quando 268 mil imigrantes chegaram ao país.
A maioria desse fluxo migratório veio da Venezuela, com 199,1 mil pessoas. O segundo maior fluxo veio dos Estados Unidos (28 mil), seguido por imigrantes da Bolívia (23,9 mil), Haiti (23,5 mil), Paraguai (18,7 mil), Argentina (15,7 mil), Colômbia (15,7 mil) e Portugal (13,6 mil). A imigração da América Latina representou 72% do total de fluxos migratórios em 2022.
Fonte: Agência Brasil