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Semam define estratégias para amenizar o excesso de aguapés do Rio Poti

A remoção dos aguapés também está prevista para começar nos próximos dias

Redação

Quarta - 06/11/2019 às 17:31



Foto: g1-pi Aguapés tomam de conta do rio
Aguapés tomam de conta do rio

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semam) está alinhando estratégias para amenizar a problemática do excesso de aguapés presentes no Rio Poti. Um dos trabalhos consistirá na fiscalização das cem maiores unidades consumidores de água da capital, a fim de verificar os imóveis com irregularidades de dispensação de esgoto, o que contribui para o aparecimento dessa planta aquática. Além disso, está sendo viabilizada, para os próximos dias, a desobstrução da superfície do rio.

O secretário da Semam, Olavo Braz, esclarece que problemática não se restringe aos aguapés, em si. “O problema não são especificamente os aguapés. A questão gira em torno da baixa cobertura de esgotamento sanitário que afeta Teresina, bem como os outros municípios banhados pelo rio Poti, pois essa vegetação surge como uma defesa contra a carga de matéria orgânica que é despejada no afluente, cumprindo também o papel de absorver esses poluentes e fazendo deles o alimento necessário para se proliferarem. Aliado a isso, os fatores naturais, como a incidência solar e o baixo volume das águas, favorecem o seu aparecimento”, pontua o gestor.

Prevista para iniciar na próxima semana, essa ação fiscalizatória deve ser realizada por equipes compostas por técnicos do quadro da Semam, da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (Arsete) e da Empresa Águas de Teresina. A medida foi definida em audiência realizada, em outubro, na Seção Judiciária do Estado do Piauí.

A remoção dos aguapés também está prevista para começar nos próximos dias e contará, inicialmente, com auxílio de embarcações do tipo lanchas.

Retirada dos aguapés é medida paliativa

Nesse período do ano, os aguapés surgem em determinados trechos do Rio Poti, na zona urbana de Teresina, como sinal de alerta para o grave problema da deficiência do esgotamento sanitário, aliado a outros fatores naturais. Portanto, a medida de retirá-los é somente paliativa.

A Gerente de Planejamento da Semam, Jocélia Mayra, acrescenta que os aguapés têm um poder germinativo muito alto. “A sua massa se reproduz cerca de 5% por dia, e suas sementes podem ficar dormentes no rio por vários anos, até encontrarem as condições adequadas para sua germinação. Essas condições têm dois parâmetros, que é a luminosidade e quantidade de material orgânico, fatores em abundância nesse período do ano”, explica ela, que também é engenheira agrônoma.

Os aguapés têm efeito benéfico para o corpo hídrico, mas quando presentes em grandes quantidades na lâmina d’água tendem a ocasionar prejuízos, impedindo o crescimento de outros organismos ao bloquear a passagem de luz solar, dificultando a vida dos peixes e outros seres aquáticos. Por isso, o excesso dessa vegetação será retirado.

Fonte: Ascom PMT

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