Brasil

SEM RESPOSTAS

Mortes de Marielle e Anderson completa 6 anos e não se sabe quem é o mandante

A vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018

Da Redação

Quinta - 14/03/2024 às 11:45



Foto: Reprodução Até o momento dois militares foram presos por executar o crime
Até o momento dois militares foram presos por executar o crime

No dia 14 de março, há seis anos, o Brasil perdia uma de suas vozes mais importantes na defesa dos direitos humanos e da justiça social. A vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram brutalmente assassinados no Rio de Janeiro, deixando uma lacuna na luta por um país mais justo e igualitário.

As investigações, que se estendem ao longo dos anos, levaram à prisão de dois executores do crime: o policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos, e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, responsável por dirigir o veículo usado no crime. Ambos aguardam julgamento por júri popular desde 2019.

Apesar das prisões, a pergunta que permanece na sociedade durante todo esse tempo continua a mesma: "Quem mandou matar Marielle e Anderson?". O Ministério Público, a Delegacia de Homicídios do Rio e a Polícia Federal seguem investigando para encontrar respostas.

O surgimento de desdobramentos significativos, como a delação de Élcio de Queiroz, que apontou Ronnie Lessa como o atirador, traz uma nova luz à busca por justiça. No entanto, para Mônica Benício, viúva de Marielle, e Marinete Franco, mãe da vereadora, a necessidade de uma resposta do Estado brasileiro à sociedade permanece urgente.

Além dos executores, outras figuras estão envolvidas no caso, como o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, que teria participado de atividades relacionadas ao crime. O Ministério Público pediu que ele também seja levado a júri popular.

Diante da tragédia, a família de Marielle não se conformou à dor calados, mas transformou-a em uma busca incessante por justiça e em um legado de luta. Assim, nasceu o Instituto Marielle Franco, uma organização dedicada à defesa da memória da vereadora e à promoção de seus ideais de igualdade e justiça social.

O Instituto Marielle não apenas preserva a memória da ativista, mas também inspira novas gerações de lideranças periféricas, especialmente mulheres negras e faveladas, a ocupar espaços de poder e transformar a sociedade.

Neste marco de seis anos do assassinato de Marielle e Anderson, diversas ações são organizadas para honrar suas memórias e reafirmar o compromisso com a busca por justiça. Missas, festivais e exposições são realizados para celebrar suas vidas e renovar o compromisso com seus ideais. Nas redes sociais o povo também se manifestou para lembrar a importância da data e da luta que não pode parar.

Apesar dos desafios e da dor, o legado de Marielle Franco continua a inspirar a luta por um Brasil mais justo, igualitário e livre de violência política. Enquanto a pergunta sobre os mandantes do crime permanece sem resposta, a determinação em buscar justiça segue inabalável.

Fonte: Agência Brasil

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