
O governador Rafael Fonteles (PT) solicitou ao Governo Federal que reative o antigo trecho da ferrovia Transnordestina ligando as cidades de Caxias (MA) a Altos (PI), passando por Teresina, para o transporte de passageiros. O governador quer que o trecho seja inserido na renovação do contrato entre a gestão federal e a Transnordestina Logística, que é a operadora da ferrovia.
Segundo o governador, a reativação do transporte de passageiros tem o objetivo de reforçar os equipamentos públicos que servem à população dessas cidades, que costumam transitar diariamente, e a empresa que opera a ferrovia já manifestou interesse.
“Essa concessão federal vai ser renovada em 2026. O concessionário tem interesse em fazer os investimentos. Nosso pleito junto ao Governo Federal é que o trecho entre Caxias, Timon, Teresina e Altos volte a funcionar como transporte de passageiros”, explicou.
A ferrovia contempla toda a região Norte do Piauí e segue até Fortaleza (CE). Ela está desativada desde 1988, mas antes disso costumava fazer seis viagens semanais transportando passageiros.
A ferrovia liga as cidades de Altos (PI) e Fortaleza (CE), com ramais nos portos de Mucuripe e Pecém passando por Buriti dos Montes (PI), Castelo do Piauí (PI), Ibiapaba (CE), Crateús (CE), Ipu (CE), Sobral (CE), Itapipoca (CE), Croatá (CE), Caucaia (CE), dentre outros.
Transnordestina avança do Piauí rumo a Pecém (CE)
A construção do trecho da ferrovia Transnordestina que liga o sul do Piauí ao Porto de Pecém (CE) segue acelerada e, neste mês de outubro, passará pelo seu primeiro teste de transporte de cargas.
“As obras estão concentradas agora no trecho do Ceará, porque o primeiro trecho do Piauí já está concluído. Depois, vão levar de São Miguel do Fidalgo até Eliseu Martins. E já vão fazer a operação teste esse ano, ligando o trecho de Simplício Mendes à região do sertão central do Ceará, levando grãos para abastecer a bacia leiteira e as granjas que tem naquela naquela região. Esse teste vai mostrar a funcionalidade”, diz Rafael Fonteles.
Ainda de acordo com o governador, essa obra é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agrícola e também da mineração piauiense. “Não tenho dúvidas que o impacto, sobretudo para a região do Sudeste”, destacou.
Em junho, o Governo Federal fez um aporte de R$ 1,4 bilhão para garantir a execução dessa obra. O recurso vem dos Fundos de Investimento do Nordeste (Finor) e de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), sendo R$ 600 milhões liberados ainda em 2024 e R$ 816 milhões oriundos do Finor. A obra é considerada estratégica para a economia do Nordeste, pois vai escoar grãos e minérios produzidos no Piauí até os portos de Pecém (CE) e Suape (PE), ampliando a capacidade de exportação da região.
Fases da ferrovia
A Transnordestina está dividida em três fases principais: a primeira, do Porto do Pecém (CE) até São Miguel do Fidalgo (PI), passando por Salgueiro (PE), com cerca de 1.040 km. A fase dois corresponde ao trecho de 166 km entre Paes Landim e Eliseu Martins (PI), inteiramente dentro do estado. A última etapa vai de Salgueiro (PE) ao Porto de Suape (PE), com 547 km.
Em junho, foi assinada a ordem de serviço para o início da construção do lote 8 da ferrovia, do trecho MVP (Missão Velha – Pecém). Atualmente, cinco outros lotes do mesmo trecho (4, 5, 6, 7 e 11) já estão em execução, abrangendo a região central do Ceará e o acesso ao Porto do Pecém. Com a contratação do lote 8, restarão apenas os lotes 9 e 10 para a conclusão da fase 1 da ferrovia. A previsão é que esses trechos finais sejam contratados ainda em 2025.
A previsão do Governo Federal é de que os primeiros testes de operação com cargas comecem ainda em 2025, com o transporte partindo do Terminal Intermodal de Cargas do Piauí até as regiões do Ceará e Pernambuco.
Trechos da ferrovia Transnordestina (Fonte: TLSA – Transnordestina Logística S/A)
Fonte: Secom
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