Política

LIMPEZA

Lula demite bolsonarista piauiense que tinha sinecura de R$ 40 mil na Caixa

Trabulo Júnior ocupava cargo de consultor da Presidência da Caixa Econômica Federal. Ele foi indicado pelo senador Ciro

Da Redação

Sábado - 11/10/2025 às 13:23



Foto: Redes sociais de Trabulo Júnior Jair Bolsonaro e Trabulo Júnior durante a campanha de 2022
Jair Bolsonaro e Trabulo Júnior durante a campanha de 2022

Finalmente, depois de dois e nove meses de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu fazer uma limpeza e tirar bolsonaristas escondidos em cargos nas estatais e nos órgãos públicos federais. Nesta sexta-feira (10/10), Lula exonerou o bolsonarista piauiense José Jesus Trabulo Júnior do cargo de consultor da Presidência da Caixa Econômica Federal.

De conhecida família de direita no Piauí, Trabulo Júnior tinha sido indicado para aquela sinecura na Caixa Econômica pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI). Trabulo Júnior recebia salário de R$ 40 e já havia sido acusado de faltar ao trabalho para atividades políticas em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A decisão, que também atingiu outros aliados do Centrão, foi interpretada como uma reação direta do governo Lula ao ataque da Câmara dos Deputados durante a votação da Medida Provisória 1303, que previa aumento de arrecadação sobre investimentos e apostas eletrônicas.

A informação foi divulgada na coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Além de Trabulo, o governo também demitiu Rodrigo de Lemos Lopes, até então vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa. Lopes é ligado ao vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), e será substituído interinamente por Jean Rodrigues Benevides, atual diretor executivo da área.

As demissões foram comunicadas oficialmente pela instituição e marcaram um endurecimento da postura do Palácio do Planalto diante das pressões do Centrão, especialmente do PP e do PL, partidos que controlam posições estratégicas no Congresso e no segundo escalão do governo.

Trabulo Júnior, que havia assumido a função em setembro de 2024, mantinha influência no banco público e era visto como uma indicação direta de Ciro Nogueira — um dos principais articuladores da ofensiva do Centrão contra o governo Lula nas últimas semanas.

Com as exonerações, o Planalto sinaliza que não pretende tolerar ataques vindos de aliados que ocupam cargos estratégicos em estatais, reforçando o recado de que o espaço político no governo dependerá de lealdade e alinhamento.O senador Ciro Nogueira e seu afilhado político Trabulo Júnior 

Fonte: Folha de São Paulo

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