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Potência agro no Piauí agora aposta em biocombustível

Governador Rafael Fonteles visitou as futuras instalações da BrasBio, novo empreendimento do Grupo Progresso, em Uruçuí

Da Redação

Sábado - 01/02/2025 às 11:13



Foto: Divulgação/CCOM-PI Na primeira etapa, a usina terá capacidade para moer 1,5 mil toneladas de milho ao dia, gerando 620 mil litros de etanol de milho
Na primeira etapa, a usina terá capacidade para moer 1,5 mil toneladas de milho ao dia, gerando 620 mil litros de etanol de milho

O governador Rafael Fonteles, acompanhado do secretário de Governo, Marcelo Nolleto, visitou nessa sexta-feira (31) as futuras instalações da BrasBio, novo empreendimento do Grupo Progresso, em Uruçuí, que vai gerar 2200 empregos na sua construção. Eles também participaram do Dia de Campo na Fazenda Progresso, na sede em Sebastião Leal, que reuniu produtores de 13 estados da região do Matopiba.

O grupo Progresso, que cultiva 95 mil hectares de grãos no Piauí, agora aposta no mercado de biocombustíveis, uma usina de etanol de milho, que deverá começar a esmagar grãos entre junho e julho de 2026. Com aporte total de R$ 1,18 bilhão, a empreitada é feita em parceria com a Brasil Bioenergia (BrasBio), que tem entre seus sócios o fundo Green Lake Fi Participações, a H4 Holding e a Ideal Agro. O grupo Progresso detém 25% do negócio.

Na primeira etapa, a usina terá capacidade para moer 1,5 mil toneladas de milho ao dia, gerando 620 mil litros de etanol de milho e 420 toneladas de DDGS (Distillers Dried Grains with Solubles) e WDG (Wet Distillers Grains). Esses subprodutos são utilizados na nutrição animal, principalmente de bovinos. A produção de etanol de milho é uma alternativa mais limpa aos combustíveis fósseis, já que é uma fonte de energia renovável, o que reduz as emissões de gases de efeito estufa.

Com a inauguração de uma planta local somada aos incentivos fiscais do estado, concedidos ao grupo até 2033, Sanders calcula que o produto ficará mais competitivo, estimulando o consumo. “A demanda interna do estado atualmente gira em torno de 263 milhões de litros anuais. Hoje, o Piauí produz cerca de 43 milhões de litros de etanol por ano, com boa parte do volume sendo importado de outros estados, fazendo com que o combustível chegue mais caro às bombas. O etanol chega a R$ 4,90 o litro. Pelos nossos cálculos, conseguiremos entregar a R$ 3,90 nas bombas”, calcula o empresário Cornélio Sanders.

Na segunda etapa do projeto, prevista para começar em 2028, a expectativa é dobrar a produção diária e chegar a 3 mil toneladas de capacidade de esmagamento.

Agroindustrialização

O cerrado, maior protagonista do grande desempenho do Estado na produção de grãos, avança rumo a agroindustrialização. O grupo Progresso, no Sul do Piauí, por exemplo, investe na primeira usina de etanol de milho – a BrasBio – e sua produção deve suprir toda a demanda de etanol do Estado.

De acordo com o secretário de Governo, Marcelo Nolleto, entre os fatores que impulsionam a agroindústria piauiense está a maior apoio e presença do Estado. "O Estado do Piauí está presente mostrando que apoiamos o agro, as grandes propriedades, e também apoiamos a agricultura familiar, o pequeno produtor. Se todos nos unirmos teremos muita riqueza e riqueza distribuída. Se a agropecuária gera muito emprego e renda, a agroindústria gera muito mais", declarou.

A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2025 é que o Piauí alcance uma produção de grãos de 6.561.318 toneladas. A soja se mantém como o principal produto da produção agrícola piauiense, com uma previsão de 4.053.219 toneladas em 2025, representando 61,77% do total da safra estadual. O milho ocupa o segundo lugar, com uma produção estimada de 2.110.247 toneladas, ou 32,16% do total. Outras culturas, como feijão, algodão herbáceo, fava, sorgo e arroz, também devem registrar aumentos significativos, reforçando a diversidade e a robustez da agricultura piauiense.

Presença do estado

Entre os fatores que impulsionam a produção de grãos no Piauí está a maior presença do Estado na região. O fortalecimento do diálogo entre o Governo do Estado e os representantes dos principais polos de desenvolvimento do agronegócios e o apoio no desenvolvimento da infraestrutura, eventos e na instalação de indústrias tem se expandido.

A construção da Transcerrados é um grande exemplo. A terceira fase da obra na Rodovia chega à etapa de pavimentação. O trecho contemplado abrange desde o entroncamento da PI-262 (na Bunge Serra do Quilombo), em Bom Jesus, até a Fazenda Paraíso, na cidade de Gilbués (95 km). A rodovia PI-397 tem um total de 333 km. A construção do novo trecho vai permitir a conexão com a BR-235 até os municípios de Gilbués e Santa Filomena.

O Anel Rodoviário da Soja, um conjunto de rodovias que conecta os principais polos agrícolas do sul do estado, recebeu investimentos de R$ 1,1 bilhão nos dois primeiros anos da gestão do governador Rafael Fonteles. Por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), foram pavimentados 330 km de rodovias no território da Chapada das Mangabeiras, enquanto outros 263 km foram recuperados.

Além disso, projetos em andamento prometem expandir ainda mais a malha rodoviária da região, com a previsão de pavimentação de 332,88 km nos próximos anos. Entre as rodovias que compõem o Anel Rodoviário estão as PIs 397, 247, 392, 391 e a BR-330, estrategicamente localizadas para atender à zona produtora de grãos e integrar o Matopiba, última fronteira agrícola do Brasil formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Fonte: CCOM/PI

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