A operação foi comandada pelo tenente-coronel Renato Alves, do Batalhão de Ambiental. Segundo ele, a operação foi realizada em quatro municípios do Médio-Parnaiba, dentre eles, Agricolândia. “Recebemos uma denúncia anônima de que muitos comerciantes, pessoas de classe média da região estão traficando os animais mortos e abastecendo restaurantes”, disse Renato.
“Nós já investigamos e descobrimos alguns destes estabelecimentos e a qualquer hora vamos fazer um flagrante para prender os acusados no momento em que eles estarão comercializando as caças e também os que estiverem comendo os animais porque é crime do mesmo jeito”, disse o militar.
Na mesma operação a Polícia foi até a casa de um destas pessoas, que conseguiu fugir, mas no local foram apreendidas armas de grosso e animais. Durante a operação pelo menos 15 cotias e 32 marrecos foram apreendidos de um total de 134 animais localizados, além de diversas peles de caititus e veados. Os animais, na sua maioria, foram encaminhados ao Ibama onde ficaram até conseguirem se readaptar até serem soltos novamente na natureza.
Para chegar a muitos dos locais onde estavam os caçadores e os comerciantes, o militar disse que teve de se disfarças de cavaqueiro. Vestido em um gibão, chapéu de vaqueiro e até com perneiras, além de um bom cavalo emprestado, Renato, acompanhado de dois outros militares também a paisana, prenderam alguns acusados.
Nas para que toda a operação fosse coroada de sucesso foi necessária a denúncia anônima. Segundo Renato Alves, as pessoas têm contribuído muito para o êxito das operações do Batalhão Ambiental a partir do momento que denuncia que determinadas pessoas estão de posse de animais silvestres, o que é considerado um crime.
Segundo o militar, as denúncias podem ser feitas tanto pessoalmente quanto por telefone e para isto ele põe a disposição os telefones 3225-2748 e 3223-7221, do Batalhão para quem quiser denunciar. “Pode fazer a denúncia que vamos verificar, de Cajueiro da Praia a Cristalândia”, disse ele se referindo aos dois municípios extremos do Piauí.
Além da questão da denúncia, o militar lembra que a pessoa que tiver em seu poder animais silvestres pode fazer a entrega dos mesmo que nada acontecerá e esta pessoa sequer será presa ou processada pelo fato de está contribuindo para acabar com o tráfico de animais silvestres no Piauí.
Fonte: Da redação