
O policial Max Kellysson Marques Marreiros, acusado de atirar e matar o radiologista Rudson Vieira Batista da Silva, em Teresina, vai responder ao processo em liberdade. O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra Max Marreriros pelo crime de homicídio doloso qualificado e o Tribunal de Justiça do Piauí até aceitou, mas indefere o pedido de prisão preventiva feita pela promotoria e acusação.
A decisão é da juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, e foi publicada nessa terça-feira (07). De acordo com o documento, o delegado de polícia e o promotor de Justiça pedem a prisão preventiva do policial, alegando a garantia da ordem pública ante a periculosidade do acusado ao meio social, além de o caso ter gerado grande repercussão.
A juíza entendeu que "a medida representada, não pode ser decretada por mera suposição de que o acusado representa perigo à ordem pública e menos ainda, pela repercussão social do caso, repercussão esta, que sequer restou evidenciada nos autos", diz a decisão.
Por fim, a juíza Maria Zilnar Coutinho explica que esse tipo de prisão só pode ser decretada quando possuir "referência expressa a elementos concretos que revelem ameaça à instrução criminal, risco à ordem pública ou à aplicação da Lei Penal, ou ainda, coação ou intimidação às testemunhas".
O crime ocorreu em um bar na zona Norte de Teresina no dia 02 de novembro do ano passado. Houve um desentendimento contra o suspeito e a vítima, onde o radiologista foi atingido por um disparo de arma de fogo e morreu após passar cinco dias internado.