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Piloto de caça russo foi resgatado pela Síria após ser abatido pelos j

O embaixador da Rússia na França, Alexander Orlov, afirmou nesta quarta-feira que um dos pilotos do

Quarta - 25/11/2015 às 11:11



O embaixador da Rússia na França, Alexander Orlov, afirmou nesta quarta-feira (25) que um dos pilotos do caça russo abatido pela Turquia na terça-feira está nas mãos do Exército sírio. Em declaração à rádio Europe-1, ele afirmou que um dos tripulantes "conseguiu escapar e ser resgatado pelas forças sírias e deve retornar à base aérea russa". A informação foi confirmada por um comunicado do Ministério da Defesa do país. O diplomata disse, no entanto, que o outro tripulante se feriu e, uma vez em solo, foi assassinado por "jihadistas". O presidente da Turquia afirmou não quer qualquer agravamento da situação.

Orlov negou as afirmações do governo de Ancara que apontam que o avião russo havia sido avisado 10 vezes de invadir o espaço aéreo turco antes do ataque. O diplomata acusou a Turquia de ser "cúmplice" dos extremistas do Estado Islâmico e desempenhar um papel ambíguo na guerra civil síria.

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, afirmou a ação foi tomada simplesmente para defender a segurança e os “direitos de nossos irmãos” na Síria. Em discurso em um evento de negócios em Istambul, o chefe de Estado disse que o jato foi alvejado enquanto estava no espaço aéreo turco, mas a aeronave atingiu o solo na Síria, apesar de partes do avião terem caído na Turquia e ferido dois cidadãos turcos.

— Não temos nenhuma intenção em agravar a situação. Só estamos defendendo nossa própria segurança e os direitos de nossos irmãos — afirmou Erdogan, acrescentando que a política da Turquia na Síria não mudaria. — Vamos continuar nossos esforços humanitários em ambos os lados da fronteira (com a Síria). Estamos determinados a tomar todas as medidas necessárias para prevenir uma nova onda de imigração.

\'ISLAMIZAÇÃO\' DA TURQUIA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que os líderes políticos da Turquia encorajam a "islamização" da sociedade turca, o que seria um problema, segundo informações da agência russa de notícias Tass.

"O problema não é a tragédia que testemunhamos ontem", disse o chefe de Estado. "O problema é muito mais fundo. Observamos que a atual liderança turca, durante número significativo de anos, têm buscado uma política deliberada de apoio à islamização do próprio país".

O chefe de Estado recomendou ainda que os cidadãos russos não viajem à Turquia por conta do abatimento do caça.

"O que fazer depois desses fatos tão trágicos? A destruição de nosso avião e a morte de um piloto?", questionou Putin, segundo a AFP. "É uma medida necessária e o ministério das Relações Exteriores fez bem em advertir a nossos cidadãos sobre o perigo (de ir à Turquia)".

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia vai continuar a bombardear alvos do Estado Islâmico próximos à fronteira turca.

— Gostaríamos que os terroristas e militantes se mantivessem afastados da fronteira turca, mas infelizmente eles estão situados no território sírio perto da divisa — afirmou Peskov. — As operações (da Rússia) vão continuar sem dúvida.

O ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou nesta quarta-feira que o país vai enviar sistemas avançados de mísseis antiaéreos S-400 para base militar na província de Latakia na Síria, segundo informações da imprensa russa.

Na terça-feira, Putin, afirmou que o avião estava dentro da fronteira síria e alertou que o episódio terá "sérias consequências" pela "facada nas costas" por parte da Turquia, que seria, segundo ele, "cúmplice dos terroristas".
 

Fonte: G1/Mundo

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