Foto: Rafael Santos - AFA
Ministro Alexandre de Moraes, do STF
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até cinco dias para se manifestar sobre os esclarecimentos prestados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da estadia na Embaixada da Hungria. O prazo foi estipulado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após o parecer da procuradoria, o ministro vai analisar o caso.
Nessa quarta-feira (27), a defesa de Bolsonaro afirmou que seria "ilógico" sugerir que o ex-presidente pediria asilo político durante os dois dias em que ficou hospedado na embaixada da Hungria, em Brasília, em fevereiro deste ano. A explicação foi enviada ao Supremo após Moraes dar prazo de 48 horas para Bolsonaro esclarecer a estadia.
Bolsonaro teve que se explicar após o jornal The New York Times publicar, na segunda-feira (25), uma reportagem mostrando que o ex-presidente permaneceu entre os dias 12 e 14 de fevereiro hospedado na embaixada.
Em 8 de fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes após sofrer uma busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado no país após o resultado das eleições de 2022.
Pelas regras internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas autoridades brasileiras. Dessa forma, o ex-presidente estaria imune ao eventual cumprimento de um mandado de prisão.
Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán. Além disso, ambos trocam constantes elogios públicos.
Fonte: Agência Brasil
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