Geral

AQUECIMENTO GLOBAL

Mudanças climáticas intensificam a insegurança alimentar, afirma pesquisadora

Especialistas discutem como a insegurança hídrica e o aumento dos preços de alimentos afetam o acesso à alimentação no Brasil

Da Redação

Sexta - 13/09/2024 às 08:35



Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil Mudanças climáticas agravam insegurança alimentar
Mudanças climáticas agravam insegurança alimentar

A relação entre fome e mudanças climáticas foi discutida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) durante o 6º Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, que acontece até esta sexta-feira (13). A professora Rosana Salles da Costa, coordenadora do evento, destacou que a insegurança hídrica, agravada pelas mudanças climáticas, afeta o acesso à alimentação saudável.

Ela explicou que a redução na qualidade e quantidade de água devido às mudanças climáticas e queimadas prejudica o cultivo de alimentos, o que eleva os preços e torna a alimentação menos acessível. A professora enfatizou a necessidade de políticas públicas para enfrentar esses desafios e reduzir a fome.

O encontro, promovido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), reuniu pesquisadores, alunos e especialistas para discutir como as mudanças climáticas impactam a segurança alimentar. O evento abordou temas como a diferença de insegurança alimentar entre lares chefiados por mulheres e homens e apresentou dados preliminares sobre as pesquisas e ferramentas desenvolvidas para monitorar esses problemas.

A segurança alimentar é definida como o acesso a alimentos adequados para todos, enquanto a insegurança alimentar ocorre quando esse acesso é comprometido. No Brasil, a insegurança alimentar é medida pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que identifica três níveis: leve, moderada e grave, com a grave refletindo a fome extrema.

Dados recentes mostram que 10,8% dos lares chefiados por mulheres enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave, comparado a 7,8% dos lares chefiados por homens. A insegurança alimentar grave afeta predominantemente famílias negras e pardas, e a situação é ainda mais crítica para lares chefiados por mulheres negras.

O evento também apresentou a plataforma FomeS, que reúne dados sobre mudança climática, insegurança alimentar, saúde e nutrição infantil, e contou com apoio de diversos ministérios e órgãos de pesquisa.

Fonte: Agência Brasil

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: