
A Lavebrás Gestão de Têxteis, lavanderia instalada na Avenida Cel. Costa Araújo, bairro de Fátima, zona Leste de Teresina, está sendo processada pelo Ministério Público (MP-PI), acusada de “descarte irregular de resíduos, decorrente de suas atividades, no sistema de esgotamento sanitário de Teresina, em desacordo com as normas de preservação do meio ambiente”.
De acordo com publicação do MP-PI, um denunciante informou que a empresa despejava a água proveniente do processo de lavagem de roupas sem o devido tratamento. A denúncia foi protocolada junto à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam).
Segundo a pesquisadora e mestre em Engenharia Civil, Rosana Gondim, os despejos das lavanderias, de maneira geral, contêm impurezas removidas das roupas e substâncias adicionadas na lavagem, como sabão, insumos químicos, fragmentos de argila, e pedaços finos de fibra de tecido.
O documento do Ministério Público requer a suspensão das atividades da lavanderia, enquanto a empresa não se adequa aos padrões de emissão de resíduos, pede a um projet para reparar os danos causados ao meio ambiente e multa diária no valor de R$ 5 mil reais, destinado ao Fundo Municipal de Meio Ambiente.
A promotora de Justiça Gianny Carvalho, da 24º Promotoria de Justiça da capital, está à frente do caso. Em audiência realizada pelo Ministério Público, um representante da Lavebrás informou que a empresa havia adquirido uma ETE (Estação de Tratamento de Efluentes), porém em relatório da SEMAR, com data de 17 de setembro, a secretaria concluiu que “os efluentes continuam sendo direcionados para um tanque externo, onde sofrem o processo de filtração simples, com o objetivo de retirar os sólidos existentes” e “depois dessa etapa, os mesmos continuam sendo lançados na rede pública sem tratamento químico ou biológico; a ETE está instalada, mas ainda não está apta a entrar em funcionamento, devido à ausência dos lodos ativados, responsáveis pela remoção da matéria orgânica”.