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MEIO AMBIENTE

Krenak protestam em Brasília contra exclusão nas negociações do desastre de Mariana

Protesto denuncia a ausência de povos originários na repactuação do desastre ambiental e pede participação nas decisões

Da Redação

Sexta - 23/08/2024 às 09:46



Foto: Wesley Amaral Indígenas Krenak protestam em Brasília
Indígenas Krenak protestam em Brasília

Integrantes da etnia Krenak realizaram um protesto em frente a um hotel em Brasília na terça - feira (20), onde estava ocorrendo uma nova rodada de negociações sobre o desastre socioambiental em Mariana, que aconteceu em 2015. O grupo criticou a falta de participação das comunidades diretamente afetadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, que devastou o Rio Doce e impactou a vida de mais de um milhão de pessoas, incluindo os Krenak.

Durante a manifestação, representantes dos governos federal e estaduais, da Advocacia-Geral da União (AGU), das mineradoras Vale, BHP Billiton e Samarco, e de órgãos como ministérios públicos e defensorias públicas, além do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), estavam envolvidos em negociações privadas. Os Krenak protestaram contra a ausência de inclusão das comunidades afetadas no processo de reparação e exigiram ser parte das discussões.

Wakrewa Krenak, uma das líderes do protesto, afirmou: "Estamos aqui para manifestar nossa rejeição a essa repactuação que está sendo feita sem a nossa participação. Nosso povo luta pelos seus direitos há anos e precisamos ser ouvidos de acordo com a nossa própria forma, e não da maneira como está sendo imposto em reuniões fechadas."

O protesto, que contou com a presença de cerca de 30 indígenas, visava chamar a atenção das autoridades e da sociedade para a necessidade de mais transparência e justiça no processo de reparação. Os Krenak, cuja cultura está profundamente conectada ao Rio Doce, estão exigindo uma participação efetiva nas decisões sobre a recuperação ambiental e social da área afetada. Após o ato, o grupo planeja permanecer em Brasília para discutir suas demandas em uma reunião com o Ministério dos Povos Indígenas.

Fonte: Brasil247

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