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MEIO AMBIENTE

Janeiro de 2025 foi o mês mais quente do planeta

Pesquisa é do Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da UE

Da Redação

Quinta - 06/02/2025 às 07:30



Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Temperaturas quentes
Temperaturas quentes

Em janeiro de 2025, a temperatura média do planeta ficou 1,75°C acima do nível pré-industrial, o maior aumento já registrado na série histórica do Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da União Europeia. Esse valor foi 0,79°C superior à média do período de 1991 a 2020, com a temperatura do ar na superfície alcançando 13,23°C.

Este é o 18º mês consecutivo dos últimos 19, com a temperatura global do ar ficando acima de 1,5°C em comparação ao nível pré-industrial, que se baseia nas médias de 1850 a 1900. Entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, a temperatura média global foi de 1,61°C acima dessa referência.

Apesar da presença do fenômeno climático La Niña no Pacífico tropical, que normalmente provoca um resfriamento temporário nas temperaturas globais, os registros ainda foram bastante elevados. Samantha Burgess, líder estratégica para o clima do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), destacou que o janeiro de 2025 continuou com temperaturas recordes, seguindo a tendência dos dois anos anteriores.

As temperaturas acima da média foram mais intensas em várias regiões, como o sudeste da Europa, noroeste do Canadá, Alasca, Sibéria, sul da América do Sul, África, Austrália e Antártica. Por outro lado, algumas áreas, como o norte da Europa, Estados Unidos, Rússia oriental, Península Arábica e sudeste asiático, registraram temperaturas abaixo da média.

No que diz respeito ao mar, a temperatura média da superfície foi de 20,78°C, com base nas águas das zonas temperadas e intertropicais, a cerca de 10 metros de profundidade. Esse valor é o segundo mais alto para o mês de janeiro, apenas 0,19°C abaixo do recorde registrado em 2024.

Além das altas temperaturas, janeiro de 2025 também foi marcado por chuvas mais intensas que o normal. O aumento da precipitação causou inundações em diversas regiões do planeta, com destaque para Europa Ocidental, partes da Itália, Escandinávia, Báltico, Alasca, Canadá, Rússia (centro e leste), leste da Austrália, sudeste da África e sul do Brasil.

Esses dados são coletados e analisados pelo Copernicus, um programa de observação da Terra coordenado pela Comissão Europeia, em parceria com vários outros organismos, incluindo a Agência Espacial Europeia (ESA) e o Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo. O programa utiliza uma vasta rede de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas para monitorar e reportar as mudanças climáticas globais.

Fonte: Agência Brasil

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