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MEIO AMBIENTE

Filhote de paca nasce após intercâmbio de animais entre Klabin e Itaipu

Programa de troca de animais entre RBV e PEK visa fortalecer a reprodução de espécies e ampliar a diversidade genética para a conservação da biodiversidade

Da Redação

Segunda - 17/02/2025 às 09:30



Foto: Divulgação/Klabin Filhote de paca nascido no Parque Ecológico Klabin
Filhote de paca nascido no Parque Ecológico Klabin

O nascimento de um filhote de paca no Parque Ecológico Klabin (PEK), em Telêmaco Borba (PR), marca o primeiro sucesso do intercâmbio de animais silvestres entre o PEK e o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), mantido pela Itaipu Binacional. A parceria, iniciada em abril de 2024, visa ampliar a diversidade genética e reforçar a conservação da fauna na região.

No intercâmbio, o PEK recebeu três pacas – duas fêmeas e um macho – e enviou um casal de gatos-maracajá ao RBV. Um dos novos exemplares de paca acasalou com o único macho da espécie no parque, resultando no nascimento do filhote em janeiro. Esse evento foi comemorado pelas equipes de ambas as instituições como um avanço nos programas de reprodução de espécies.

A zootecnista da Itaipu, Fabiana Stamm, destaca a importância do intercâmbio para fortalecer programas de reprodução e aumentar a diversidade genética, essencial para a conservação da biodiversidade. Paulo Schmidlin, coordenador do PEK, também ressalta a importância do projeto para o conhecimento técnico e para a conscientização ambiental.

O sexo do filhote ainda não foi identificado, pois a equipe do PEK está respeitando seu desenvolvimento inicial. O filhote permanece com os pais e será monitorado para avaliações futuras, podendo ser realocado, conforme seu comportamento.

As pacas desempenham o papel de dispersoras de sementes, enquanto os gatos-maracajá ajudam a manter o equilíbrio ambiental ao controlar populações de espécies menores. O gato-maracajá está em perigo de extinção e a paca é considerada vulnerável, de acordo com o Livro Vermelho da Fauna Ameaçada do Paraná.

O intercâmbio foi planejado para recompor os plantéis de acordo com os planos de manejo das instituições. Como as pacas não fazem mais parte das espécies prioritárias do RBV, a Itaipu focou na reprodução de outros roedores, como a cutia. O RBV agora conta com um programa de reprodução de gatos-maracajá, que se juntaram aos cinco exemplares já existentes.

Sobre as instituições: o RBV abriga cerca de 325 animais de 53 espécies em uma área de 1.780 hectares, com destaque para programas de reprodução de espécies ameaçadas. O PEK, criado na década de 1980, mantém cerca de 120 animais de 35 espécies, com 91,6% de sua área composta por florestas nativas, desempenhando um papel essencial na conservação da fauna e flora da região.

Fonte: Brasil 247

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