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Feridos são 118, revela ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou no começo da manhã desta terça-feira (29) que 118 v

Terça - 29/01/2013 às 11:01



Foto: Reprodução/ RBS TV Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Santa Maria nesta terça-feira (29)
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve em Santa Maria nesta terça-feira (29)
 O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou no começo da manhã desta terça-feira (29) que 118 vitimas do incêndio que atingiu a boate Kiss durante uma festa universitária, em Santa Maria, seguem internadas em hospitais da cidade e também em Porto Alegre. Destes, 75 estão com estado de saúde considerado mais critico, com risco iminente de morte. O incêndio na boate Kiss deixou 231 jovens mortos.

"A nossa maior preocupação agora são com estes 75 pacientes que estão em situação crítica e que podem evoluir para óbito", disse o ministro. Das pessoas que estão com estado de saúde considerado critico, cerca de 20 são devido a queimaduras sofridas durante o incêndio. A maioria dos pacientes que se encontra nesta situação já foi transferida para hospitais de referência em Porto Alegre. Um segue em Santa Maria a pedido a família.

Embora o número de pacientes em situação crítica de saúde se mantenha em 75, nenhuma morte foi registrada nas últimas horas. "Estamos completando 54 horas sem nenhum óbito hospitalar", disse o ministro.

O número de pacientes internados em Santa Maria reduziu nas ultimas horas, segundo Padilha. No final da tarde de segunda-feira (28) era de 83 e caiu para 65 nesta terça (29). Alguns tiveram alta e outros foram transferidos para Porto Alegre. "Foram 12 transferências realizadas ao longo do dia. Nesta manhã, estamos avaliando a possibilidade de novas transferências", disse.

Ao todo, mais de 50 profissionais estão trabalhando de forma integrada com a forca-tarefa do SUS que coordena os trabalhos de auxilio às vitimas. De acordo com o Alexandre Padilha, eles seguirão dando apoio também aos familiares das vítimas que perderam a vida na tragédia.

\"\"Bombeiros tentam apagar incêndio que abalou o Rio Grande do Sul (Foto: globo.com)
O alerta para que as pessoas que estiveram na boate Kiss, que pegou fogo durante uma festa universitária no domingo (27), segue mantido. Quem apresentar sintomas como tosse e falta de ar e devem procurar o serviço medico imediatamente. Segundo o ministro, há risco que essas pessoas desenvolvam a chama pneumonite tóxica. "Ontem à noite tivemos um caso de paciente que estava em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e piorou. Ele agora esta em ventilação mecânica", acrescentou.
Incêndio e prisões

O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.

Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.

\"\"Bombeiros ainda trabalham no rescaldo na boate Kiss, em Santa Maria (Foto: Agêrncia Brasil)
Quatro foram presos nesta segunda-feira após a tragédia: o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.
Em depoimento, Spohr afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação.

O advogado Mario Cipriani, que representa Mauro Hoffmann, afirmou que o cliente "não participava da administração da Kiss".

Na manhã desta segunda, outros dois integrantes da banda falaram sobre a tragédia. "Da minha parte, eu parei de tocar", disse o guitarrista Rodrigo Lemos Martins, de 32 anos.

Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como "uma "fatalidade".

A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.

Fonte: G1

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