
Juninho saiu da Favela da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, em setembro do ano passado, logo depois das mortes de seis jovens. O Chapadão foi escolhido como esconderijo por ser da mesma facção que age na comunidade onde ele morava. O corpo do bandido foi reconhecido por parentes no local do crime e retirado do Instituto Médico-Legal (IML) anteontem à noite.
Segundo a polícia, a prisão de Luiz Fernando Nascimento Ferreira, o Nando Bacalhau, capturado em outubro do ano passado em Guarulhos, São Paulo, desestabilizou o tráfico no Chapadão e pode ser uma das explicações para o assassinato. Pressionados por seguidas operações policiais feitas pelo 41º BPM e sem comando, traficantes da facção decidiram executar o cúmplice, visto como um problema.
Além dos seis mortos na chacina da Chatuba, Juninho Cagão e sua quadrilha são apontados como os assassinos de outras três pessoas naquele mesmo fim de semana: o pastor Alexandre Lima, o cadete da PM Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, e José Aldecir da Silva Júnior, de 19.
Cinco presos
A chacina ocorreu um dia antes do aniversário de 30 anos de Juninho Cagão. Cinco pessoas envolvidas no crime já foram presas: Fernando Domingos Pereira Simão, o Sheik; Jonas Santos Pereira, o Jonas Pintado; Danilo Machado Valverde; Daniel Dias Serqueira dos Santos, o PQD; e Felipe Barbosa.
Eles integram uma lista de 14 bandidos, encabeçada por Cagão, que tiveram a prisão preventiva decretada pela 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, há dois meses. Para o juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, a medida ajuda a proteger a vida de testemunhas do caso.
Fonte: Extra