Foto: Reprodução/Andes
Categoria está em greve nacional desde 15 de abril
Docentes das universidades e institutos federais optaram por encerrar a greve nacional após 69 dias de negociação com o governo federal. As aulas só devem ser retomadas após a assinatura do acordo com o governo federal, que está marcada para o dia 26 de junho. Os sindicatos também devem realizar novas assembleias para discutir a retomada das aulas e o novo calendário acadêmico.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), ao qual o Sindicato dos(as) Docentes do Instituto Federal do Piauí (SINDIFPI) e a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI) são filiados, comunicou nesta segunda-feira (24) que indicou às bases a saída coletiva da greve até o dia 3 de julho.
"A orientação atende ao que foi deliberado pela maioria das assembleias gerais realizadas nas bases, entre os dias 17 e 21 de junho: 35 assembleias deliberaram pela construção coletiva da saída da greve, enquanto outras 20 indicaram a continuidade da greve", diz o comunicado.
Em Assembleia Geral realizada na quinta-feira, 20 de junho, o SINDIFPI decidiu por rejeitar a proposta do governo e por manter a greve. Foram 69 votos favoráveis à assinatura do acordo com o Governo Federal (e consequentemente construir sua saída coletiva no ANDES-SN) e 101 votaram pela não assinatura do acordo com o Governo Federal e por conseguinte, pela continuidade da greve, além de 15 abstenções.
A Assembleia foi sediada no campus Teresina Central e ocorreu simultaneamente em 15 campi: Angical, Corrente, Campo Maior, Oeiras, Parnaíba, Pedro II, Picos, Piripiri, Paulistana, São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Teresina Dirceu, Teresina Zona Sul, Uruçuí e Valença.
O ANDES classificou como vitorioso o acordo firmado com o governo federal, em relação à proposta do dia 27 de maio e a " tentativa frustrada de ultimato do governo sobre o movimento paredista".
"Ainda que insuficiente, a força da greve proporcionou conquistas importantes e fortalece a categoria em sua capacidade de mobilização e qualidade de vida", disse Gustavo Seferian, presidente do ANDES e professor na UFMG.
Confira aqui o comunicado do ANDES.
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